Capítulo II - Desembucha!

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Alana Monterbegue.

Eu vou estrangular o pescoço do Noah, isso é fato. Faz meia hora que estou esperando ele vir me buscar nesse bendito hotel, que eu não faço a mínima ideia de onde fica e ele não chega. Apenas mandei a localização por WhatsApp e estou esperando ele vir me tirar desse quarto a meia hora.

Olho para o teto, estressada e com a cabeça ainda doendo. Como é possível sentir tanta dor de cabeça?

E quero entender o por que estou com esse caralho de dor de cabeça?!

Deitada na cama, me pego admirando o teto do quarto. Até ele tem luzes coloridas instaladas, o que deixa o clima bem aconchegante e interessante.

Interessante.

Ághata Brooke tem um beijo muito interessante.

Alana, pelo amor de Deus, pare de pensar em um beijo.

Sacudo minha cabeça e mando embora qualquer tipo de pensamento que possa vir sobre esse beijo, que tem o maldito sabor de framboesa, me levanto da cama, e começo a dar voltas em todo o quarto. Mas de repente, começo a ouvir toques na porta.

— Alana?

Noah Carter.

O ser humano que irei esquartejar por ter me feito passar por tantos estresse em uma manhã.

Caminho rapidamente, indo até a porta.

— Noah — pronuncio seu nome, enfezada, e prontinha para atacar.

Ouço um sorriso do meu melhor amigo e eu juro que a raiva só aumenta dentro de mim.

Como ele consegue ser assim?

— Alanitaaaaa — sua voz é de pura zombaria.

— Abre logo esse caralho, Noah.

— Pede com jeitinho — o seu tom brincalhão, me deixa pior que antes.

— Você não tem zelo pela sua própria vida, não é, Noah?

— Se você não pedir com jeitinho, irei te deixar aí.

Ele falou isso mesmo? Idiota.

Solto um sorriso com sarcasmo e aperto minhas mãos, com um estresse subindo pela garganta, maior que o de antes.

— Abre essa porra de porta, Noah.

— Luna e Celeste te deram uma educação esplêndida e você pelo jeito já se esqueceu dela.

— Noah, não tem a mínima graça, abre essa merda!

— Aí, Alanita, você não aprende nunca, onde foram parar seus modos?

Respiro fundo e coloco minha testa na porta, conto até vinte, e eu juro que a cada número que eu pronuncio em voz baixa, eu sinto minhas veias quase saltarem da minha cabeça.

— Se você não abrir esse caralho de porta, eu vou te matar e eu tô falando sério.

Ui, Alanita, por que tanto ódio dentro desse coração peludo?

Continuo a inalar o ar e depois exalar todo fora de mim. Engulo o riso que quer sair, por ouvir meu amigo pronunciar essas palavras, pelo tom brincalhão, e volto ao meu estado de antes.

— Abre logo esse caralho, Noah! — meu tom de voz se alterou, e dou um murro na porta, e logo em seguida, me arrependo pela dor que isso me trouxe.

Engulo cada palavra inadequada que vem na minha mente, e vou soltando minha mão dolorida aos poucos.

Irresistível perdição [+18]Onde histórias criam vida. Descubra agora