Alana Monterbegue.
Revelar algo que estava louco por sair de dentro mim não foi fácil. Foi a coisa mais difícil que eu já fiz na vida, logo eu, a pessoa que jamais pensei que faria essas coisas por alguém, estava aqui, declarando-me e deixando a pessoa que amo, ciente de que a amo.
Falei que a amo.
Dios mío. Estoy loca.
Mas depois do que aconteceu na casa das minhas mães, foi quase impossível continuar guardando esse segredo que eu estava desesperada por soltar.
Olhei para o lado, sorrindo, Ágatha estava com os olhos inchados de chorar, mesmo após termos jantado, conversado e bebido um pouco de vinho para aliviar a tensão entre ambas. Mas mesmo assim, ela não parou de chorar.
Peguei sua mão, entrelaçando na minha, beijando o dorso da mesma, sentindo o seu cheirinho doce e suave que continha ao mesmo tempo.
— Para de chorar, bonita, eu não gosto de te ver triste...
— Eu não estou triste, pelo contrário, estou chorando de emoção, ninguém nunca fez isso por mim, Alana, ninguém nunca me olhou como você me olha, me tocou como você me toca e ninguém nunca me valorizou como você valoriza...
Puxei seu corpo com tudo para perto do meu, fazendo com que ela viesse parar em cima de mim, porque uma coisa que eu havia aprendido de Ágatha, era que ela parava de falar coisas assim quando eu pegava seu corpo sem avisar, a deixava sem palavras, e nesse caso, eu só queria que ela curtisse, não pensasse coisas tristes. E parasse de chorar.
Ela abriu os olhos, mas foi meigo de apreciar, porque os seus olhos puxados, a deixavam tão linda, não havia nada que eu não gostasse em seu corpo, em sua pessoa.
Deixei minhas mãos em sua cintura, já que ela estava com a boca perto da minha, mantendo uma distância que logo eu iria acabar, logo, logo.
— Como eu te falei, prefiro assim, porque sou egoísta quando se trata de você, amo saber que só eu estou te causando as melhores sensações que a vida poderia lhe dar, bonita.
Molhou os lábios de um jeito sexy, que fez os meus olhos caírem em sua boca. De um jeito cruel, porque eu não resistia a nada que Ágatha fazia. Era muito complicado lidar com esse calor que o seu corpo causava em mim.
— Você me chama de bonita, mas quem é bonita aqui, e só você, Alana.
Soltei um riso, trazendo sua boca para mais perto, podendo sentir o seu hálito de maracujá pelo doce que comemos de sobremesa, misturado com o maldito aroma de framboesa que esse seu lip tint trazia.
— Você é a minha, bonita — mordi seu lábio com força, mas sem machucar — É minha, Ágatha, só minha, toda, todinha, minha. — puxei seu lábio inferior entre dentes, degustando da brandura que nele continha.
O gemido que soltou dentro da minha boca foi algo que me destruiu em pedacinhos, e eu já estava ficando maluca com tudo isso, com essas nossas provocações que não passavam disso, mas sabia que tudo era no seu tempo, porém, era foda controlar algo tão quente que era a sua presença na minha vida. E era ainda pior com ela sentada em mim.
— Toda sua? — perguntou, arrastando sua boca sobre a minha, seduzindo-me.
Passei meu polegar em seus lábios, apreciando a maneira em que eram. Meus olhos não perderem nenhum detalhe de suas feições. As mudanças de suas caras e bocas me deixavam louca.
— Tem dúvidas? — ainda passeava o meu polegar em seus lábios — Eres mía — reafirmei, com mais certeza — Toda mía.
Sorriu com libertinagem, aproximando nossas bocas e roubando-me um beijo que me tirou o fôlego. Era forte, envolvente, sagaz, e nada inocente. Arrastei meus dedos por suas costas, retirando sua blusa com uma velocidade absurda. Já não tinha forças para me segurar e muito menos frear isso que tanto queria com Ágatha. E pelo jeito em que ela também retirou a minha blusa, dava para notar que tinha necessidade em me sentir, da mesma maneira em que eu queria senti-la.
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Irresistível perdição [+18]
Roman d'amourAlana Monterbegue é uma jovem exemplar e sempre se destaca por suas boas notas. Seu mundo é completamente alinhado. Seus gostos são peculiares e suas manias mais ainda. Ela carrega consigo um sobrenome importantíssimo. Sua família tem uma fortuna pl...