Quando parei o carro na entrada de carros dos meus pais, fiquei nervoso imediatamente, sabia que Emilly viria e não sei como ela vai reagir ao meu ver, eu estava respeitando o tempo que ela me pediu, esse final de semana têm sido uma merda sem ela. Percebi nesse tempo sozinho que Emilly é minha metade, amo conversar com ela sobre tudo, amo a sua companhia e o seu jeito tranquilo, quero muito que ela enfrente essa barra comigo, a ideia de perder Emilly me assusta mais do que qualquer outra coisa.
Entrei na casa e encontrei meus pais na cozinha, eles sorriram para mim, sentei em um banco na ilha da cozinha.
- Meu filho você está com uma cara péssima. - minha mãe comentou.
- Não consegui dormir direito... Rufus... Ficou latindo a noite toda.
- Rufus é? Sei...
Minha mãe ficou me encarando e sabia que ela queria que eu falasse mais, mas eu não estava disposto, estava inquieto e com meus pensamentos caóticos. Me levantei e os olhei de volta.
- Vou para o seu escritório trabalhar um pouco.
Andei até o escritório do papai e me aproximei da janela, senti meu celular vibrando e quando eu olhei, vi que era Melanie com mais uma mensagem. Ela anda me enviando mensagens todos os dias, o que está começando a me irritar mas não posso fazer muita coisa a respeito agora que ela está esperando um filho meu. Me sentei na cadeira diante do computador e acessei meu email para começar a trabalhar. Depois de um longo tempo, meu pai se junta a mim e começamos a discutir sobre os assuntos da construtora, de repente ouço a voz de Emilly dando risada ao longe e imediatamente reajo a isso, levantei meu olhar para a porta, perdi a linha de raciocínio e meu coração começou a disparar.
- Sabe, quando sua mãe e eu começamos a namorar, eu ficava assim também, alheio a tudo ao meu redor quando ela estava perto. - meu pai comentou.
- É estranho... Agora que eu sei que ela está aqui também, fiquei ansioso para ficar perto.
- É algo poderoso... Amor.
- Só não sei se vai ser suficiente para ela ficar comigo depois dessa gravidez da Melanie. - comentei amargo.
- Vai ser sim, tenho certeza...
Meu pai ficou de pé e andou até ao meu lado, abriu uma das gavetas da mesa que tem uma chave e tirou de lá uma caixinha e colocou na minha frente.
- Posso te fazer uma pergunta filho?
- Claro.
- Por quê quando pediu a Melanie em casamento, não veio atrás do anel da sua bisavó? Você sabia desse anel e sabe que é uma jóia valiosa, não só por causa das pedras.
- Eu não sei... Pedi a Melanie em casamento porque achei que era o que todo mundo queria, inclusive ela.
- Errado. - eu o encarei - Você não veio atrás do anel porque não a amava como ama a Emilly. Por isso eu acho que vocês dois ainda tem um longo caminho mas que no fim achar um destino final juntos. - ele me entregou a caixinha - Fique com o anel, é seu agora e só a peça em casamento quando for o certo pra você, não para os outros.
- Obrigado pai.
- Eu vou indo, tenho um licor delicioso para tomar com sua mãe, não demore muito pra se juntar a nós.
- Certo.
Meu pai saiu e eu fiquei olhando o anel que ele me deu, é uma linda joia, pensei em como ficaria perfeito no dedo de Emilly mas sei que nesse momento, apesar de já querer isso, estamos longe de um casamento. Tentei evitar ficar pensando no assunto e me voltei novamente para o trabalho, depois do que pareceu ser um longo tempo ouvi batidas na porta.

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Construindo o Amor
Chick-LitEmily King e Caleb Russel foram vizinhos durante a infância mas o destino os separou quando Emily tinha doze anos e Caleb dezesseis. Ambos cresceram, Emily agora recém formada em arquitetura tenta arrumar um emprego, enquanto Caleb também arquiteto...