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Duas semanas depois

Me arrasto para fora da cama, tomo um banho, me arrumo e sigo para a cozinha, Rufus boceja e vem até mim balançando o rabo, afago sua cabeça.

- Oi garoto... Vou tentar chegar cedo pra passear com você, precisa gastar um pouco da sua energia.

Faço o café e coloco um pouco pra mim, me sinto estranho, como todos os dias, estou começando a me sentir vazio e a saudade de Emilly está cada vez maior. Vi suas fotos em Nova Jersey e cada vez que vejo notificações sobre novas fotos, tenho medo de abrir e ver que ela está seguindo em frente sem mim. Me aproximo da sala e fico olhando o lindo quadro desenhado e pintado por ela, esse era o segredo que Emilly escondia de mim, toda vez que ela estava desenhando e eu me aproximava, Emilly escondia o desenho. É um lindo desenho de Rufus, ela colocou numa moldura e deixou para mim antes de ir embora.

Decidi ir na casa dos meus pais antes de trabalhar, sabia que a essa hora meu pai já tinha saído e ele não aguenta mais o meu humor sombrio nesses últimos dias. Ao entrar na casa encontrei mamãe na sala e assim que me viu, ela veio até mim.

- Ah... Caleb, filho. - ela me abraçou apertado - Toda vez que te vejo você parece  estar pior, com um olhar mais triste.

- Desculpa... Mas é assim que me sinto.

- Vem, senta aqui... E a Melanie, como está?

- Bem, pode ter o bebê a qualquer momento agora.

- Eu não consegui falar com ela, pra entregar um presente.

- Posso levar para ela... - dei um suspiro longo e me recostei no sofá - E a Emilly deu notícias?

- Ah sim, ela está bem, conversa com a Britt todo dia... Acho que volta pra cá na semana que vem.

- Sinto a falta dela.

- Eu sei filho... Mas dê mais um tempo, se forem pra vocês dois ficarem juntos, vão ficar, tudo vai dar certo.

- Obrigado, mãe.

- Você não tem comido direito, não é?

- Não tenho fome e mal tenho tido tempo.

- Então vamos para a cozinha, vou preparar algo pra você comer.

Passar um tempo com minha mãe me fez bem, saí me sentindo menos solitário e vazio. Segui para a construtora e comecei a trabalhar, me dediquei a manhã toda em projetos e reuniões, passava do meio dia quando meu celular toca, era a Melanie.

- Oi, Melanie.

- A minha bolsa estourou, estou indo pra o hospital agora, o bebê vai nascer! - ela disse isso e desligou, fiquei olhando para a tela do celular.

- Merda!

Saí correndo da construtora, dirigi que nem louco até o hospital, quando cheguei lá, Melanie já tinha entrado na sala de parto e eu não tive coragem de entrar e ficar com ela, fiquei aguardando na sala de espera e enquanto isso avisei meus pais e meus amigo. A medida que o tempo passava, eu ficava mais ansioso, comecei a andar de um lado para o outro, não sabia o que esperar, era um sentimento estranho, um bebê estava nascendo e era o meu filho, é meio estranho e também é um monte de sensações diferentes. Cansado de ficar esperando, decidi ir até o posto da enfermagem e me dirigi a uma enfermeira.

- Com licença... Você poderia me informar como anda o parto da Melanie?

- A doutora Melanie?

- Isso mesmo... É uma gravidez de risco e acho que está demorando bastante.

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