Construindo o Amor

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Alguns dias depois

Entrei na sala de reuniões do meu escritório e encontrei Emilly concentrada em sua apresentação, me aproximei devagar e fiquei atrás dela, passei os braços ao seu redor e inspirei seu perfume.

- Vai dar tudo certo, amor... - falei e ela sorriu.

- Estou um pouco nervosa.

- Eu sei, por isso estou aqui, quero ficar do seu lado mas não se preocupe que não irei interferir em nada.

- Obrigada...

- Posso ver?

Peguei o tablet e analisei os projetos, olhei rapidamente os papéis e esboços em cima da mesa e gostei do vi, Emilly é talentosa e sabe bem o que faz. Esses últimos dias foram cheios, estou passando mais tempo com meu pai em outros projetos e quase não tenho tempo de me dedicar ao meu escritório, chamar Emilly para trabalhar comigo foi uma escolha acertada, ela tem me ajudado bastante mesmo que não se dê conta disso.

- Isso está ótimo, acredito que eles vão gostar - elogiei e ela sorriu se virando para mim - Mas e se você mudar a posição do banheiro? Talvez fique melhor do lado sul, assim...

Peguei um lápis e uma folha que estava em cima da mesa e comecei a desenhar rapidamente um esboço do projeto que ela fez, Emilly me olhava atenta, quando terminei, ela foi analisar, depois me olhou de novo.

- É... Eu gostei, obrigada pela dica, mas posso apresentar o que eu fiz?

- É claro que sim... Já falei que não vou interferir no seu trabalho, quero que caminhe com as próprias pernas.

- Obrigada Caleb, isso é importante pra mim.

- Eu sei...

Me aproximei e beijei seus lábios de forma rápida e discreta antes que alguém entrasse na sala.

- O que acha de ir na minha casa hoje a noite? Posso preparar um jantar pra nós dois.

- Eu acho uma ótima ideia... - ela respondeu e me beijou rapidamente.

Aos poucos os dois sócios do escritório de advocacia chegaram, ficaram surpresos ao me ver na reunião mas garanti que tudo foi ideia de Emilly. Nos sentamos e Emilly levantou para apresentar o projeto na tv, os dois estavam atentos nos esboços mas eu só conseguia prestar atenção em Emilly, na sua postura confiante mesmo eu sabendo que estava nervosa, ela não demonstrava nada disso, falava com clareza e seriedade, ela é maravilhosa. Assim que Emilly finalizou a apresentação, sentou- se ao meu lado, esperando uma resposta dos clientes, coloquei a mão na sua perna por baixo da mesa e apertei de leve sua coxa, ela me olhou, deu um sorriso discreto mas apertou minha mão.

No fim da reunião eles fecharam contrato com Emilly e ela ficou radiante, me contagiando com sua alegria, assim que a reunião acabou ela correu para me abraçar.

- Obrigada por estar aqui e me apoiar, foi incrível.

- Eu sabia que era um passo importante pra você. - falei e acariciei seu rosto - Eu tenho que ir me encontrar com meu pai agora.

- Tudo bem...

Me inclinei e beijei seus lábios macios, Emilly colocou seus braços nos meus ombros e aprofundou o beijo, coloquei a língua em sua boca sentindo seu sabor delicioso, agarrei sua cintura e ela gemeu baixinho com os lábios colados ao meu, senti que estava ficando excitado e me afastei.

- Tenho mesmo que ir, antes que eu te coloque em cima dessa mesa e arranque esse seu vestido. - falei baixo e vi um brilho de excitação nos olhos dela.

- Acho que eu iria gostar disso.

- Não me tente... Te pego as sete em ponto.

Dou um beijo casto em sua boca e saio da sala, minha secretária vem até mim e me passa mais algumas coisas e então eu finalmente vou até a construtora. Tive uma reunião com meu pai sobre as novas construções que ele tem em mente, ao final ele me encarou sério.

- Com essas construções prestes a iniciarem, você sabe que vai ganhar ainda mais prestígio.

- Eu sei...

- Depois que fui até São Francisco com sua mãe, percebi que quero passar mais tempo com ela, quem sabe viajar mais, já não tenho mais o vigor que você tem para o trabalho.

- E você está dizendo isso, porque quer se aposentar?

- Sim, é exatamente o que estou dizendo, não vejo outra pessoa assumindo a Russell Construtora além de você.

- Mas pai... Meu escritório está indo muito bem, crescendo e foi lá que iniciei a minha carreira. - me remexi na cadeira inquieto.

- Eu sei filho, e estou muito orgulhoso do trabalho que tem feito... Que tal isto, fazemos uma fusão com seu escritório e a construtora, quando eu morrer isso tudo será seu e da Britt, porque não começar a pensar nisso agora?

- Uma fusão?

- É, aos poucos o seu escritório e a construtora será um só, e voce pode trazer seus funcionários pra cá.

- Posso pensar com calma sobre isso?

- É claro... Mas espero uma resposta em breve... Por enquanto se dedique aos nossos projetos, quero ideias de como podemos inovar no hospital e nos prédios que iremos construir juntos.

Saí da construtora pensando na conversa com meu pai, pelo visto grandes mudanças vão acontecer em breve e um desejo de viver tudo isso ao lado de Emilly me tomou, quero que ela esteja ao meu lado e a ideia dela trabalhando junto comigo foi tomando forma em minha mente. Ao chegar em casa, me troquei e saí novamente para correr com Rufus, além de ser um pastor alemão, ele é novo e cheio de energia, corremos pela praia até escurecer.

Preparei um filé com batatas e uma salada para o jantar, estava colocando a carne no forno quando Rufus levantou da sua cama e correu para a porta, instantes depois Emilly tocou a campainha, dei um sorriso e corri para abrir. Rufus pulou em cima dela abanando o rabo, começou a choramingar e Emilly deu uma risada.

- Alguém estava com saudade de você. - comentei.

- Oi Rufus... Ei calma! Eu também estava com saudade.

- Vem aqui garoto... Vamos deixar ela entrar. - tirei Rufus de cima de Emilly e me aproximei dela - Oi amor...

- Oi... - ela respondeu sorrindo e meu peito acelerou.

Puxei Emilly pela cintura e beijei seus lábios, ela colocou uma das mãos na minha nuca e retribuindo ao beijo, sua língua entrou na minha boca, abracei seu corpo ainda mais contra o meu, seu perfume é delicioso e o sabor de seus lábios sobre os meus era divino, quando nos afastamos sem fôlego.

- Vem, entra... O jantar está quase pronto.

- Você cozinha? - ela perguntou surpresa.

- Só um pouco, nada muito elaborado.

Andei com Emilly até a sala, ela sentou no sofá e Rufus deitou aos seus pés. Andei até a cozinha pra olhar o filé que ainda não estava pronto.

- Está com muita fome? - perguntei.

- Não... Por quê?

- Vou tomar um banho, é o tempo que o filé fica ao ponto.

- Tudo bem.

Admirei um pouco a cena de Emilly relaxada no meu sofá, antes de seguir pelo corredor.