conversas noturnas

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— Você está tão bonito hoje, querido - James sussurra maravilhado, seus olhos brilhando com a figura diante dele — Que sorte a minha poder te ver hoje. Você sabe, eu não consegui fazer isso mês passado. O céu tinha muitas nuvens, foi realmente um inferno. Não posso negar que chorei até dormir por não conseguir te ver.

James suspira, puxando um pergaminho do bolso de suas vestes e desviando o olhar por um momento de Regulus.

— Eu só queria dizer que talvez eu não consiga vir te ver com tanta frequência. Não que eu não queira te ver, impossível, eu sempre quero te ver. É só que... as coisas vão ficar um pouco mais corridas agora com a descoberta do bebê.

James fecha os olhos com força, sua visão ficando embaçada com as lágrimas não derramadas.

— Eu vou ser pai, Reggie. Isso não é maravilhoso? Eu estou tão feliz, tão feliz de uma forma que não estive desde que você...- De qualquer forma, Lily me contou hoje no café da manhã, ela preparou tudo pra surpresa, Reggie. Foi lindo, eu queria que você tivesse visto.

James traça a forma do ultrassom mágico no pergaminho, o pequeno bebê se movendo quase que de forma imperceptível.

— Eu comentei com Sirius sobre aquela vez que você disse que eu seria um ótimo pai. Eu disse que esperava que você estivesse certo e que por mais que você dissesse que não gostava de crianças, eu tinha certeza de que você amaria o meu filho.

James soluça, seus ombros balançando pra frente, suas lágrimas molhando a folha de pergaminho.

— Ele disse que eu tinha que te deixar ir.

Levantando o olhar, James encara fixamente o céu estrelado. Por mais que as lágrimas deixassem sua visão borrada, ele poderia distinguir perfeitamente a forma da estrela.

A forma de Regulus.

— Mas eu não posso fazer isso, meu amor. 

Red Thread - one shot bookOnde histórias criam vida. Descubra agora