Notas: Oi pessoal, tenho leitores aqui? Quatro meses em hiatus, mas em minha defesa esse último capítulo estava difícil de sair devido aos detalhes que devia me atentar e resolvi escrever depois que estivesse mais sossegada depois do puerpério. Hoje é meu aniversário e gosto de trazer capítulos nele como presente para vocês. Espero que gostem.😘
Capítulo 38
— Querida venha! Traga seu querido irmão. - Clara olhava Marcela andando quase entrelaçando as pernas com sua taça de dry martini ainda em mãos, lembrou dos contos de fadas que leu quando nova, parecia estar sendo atraída por uma bruxa má. Como a bruxa do João e da Maria com a casa de doces, só que no caso o que a atraia era dinheiro.
Clara parou de andar e olhou o irmão apreensiva.
— Não gosto dela. - Júnior falou primeiro. - Tem certeza que ocê quer vender suas pinturas pra ela?
— Eu não quero, vamos embora? - respondeu com medo.
— O que foi queridos? - Marcela perguntou rude. Não havia gostado dos cochichos.
— Tô aqui explicando pra minha irmã que a gente vai ter que ir porque nois temo que volta pra fazenda, vai escurecer e amanhã a gente traiz os quadro pra senhora. - Júnior pegou a irmã pelo braço e começou a caminhar para trás.
— Mas já estão aqui, vamos terminar isso de uma vez.
— Marcela quer que eu use de força maior? - o pai de Ana perguntou, estava atrás deles impedindo que fossem correndo para o elevador.
— Marcela? A senhora não chama Muriel? - Clara perguntou transtornada.
— Muriel Marcela meu anjo. Eu chamo Muriel Marcela.
Júnior sentiu um arrepio passar por sua espinha, se lembrou da conversa que havia tido com a mãe poucos minutos atrás.
— Marcela? Nossa mãe contou pra eu sobre uma Marcela! - ele olhou para Clara lhe jogando a informação, todo o quebra-cabeça se formava em seu cérebro. - Marcela é a mulher que acabou com nossa família, a que fez nossa mãe mudar pra europa com ocê e deixa meu pai aqui no Brasil comigo sem saber da sua existência. - Júnior explicou para a irmã sem receio dela escutar. - Vamo embora!
Clara começou a correr para o elevador ao mesmo tempo em que era puxada pelo cabelo por Marcela não deixando ela andar, Júnior tentou soltar a irmã quando sentiu algo pontudo em seu pescoço. O pai de Ana lhe apontava um revólver.
— É melhor os dois ficarem quietos, porque eu não tenho nada a perder aqui, ao contrário de seus pais. - Marcela disse sorrindo.
xx
Catarina e Petruchio já haviam brigado entre si de todas as formas possíveis. Haviam acusado um ao outro de interesseiros, oportunistas e os demais sinônimos, Catarina lhe arremessou todos os copos do estabelecimento. Os ânimos estavam tão aflorados que não perceberam o sumiço dos filhos. Foi então que a mulher se sentiu tonta e precisou sentar.
— …Agora vai se fingir de inocente. Vai falar que tá passando mal porque não quer ouvir mais verdades.
— Não, Petruchio, estou passando mal de verdade. - Catarina abaixou sua cabeça sentindo calafrios. - Por que tudo tem que ser tão difícil entre a gente? O nosso casamento, a nossa separação, a nossa reconciliação!
— É sempre ocê que deixa tudo mais difícil. - estava irredutível ainda abominando o que o dinheiro podia fazer com eles. - Primeiro a herança de sua mãe, agora a herança de seu pai. É sempre assim entre a gente, como um carma.
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Segunda chance
FanfictionDepois de quinze anos espera-se que uma mentira tenha se repetido vezes suficientes para se tornar uma verdade. Catarina sempre foi decidida e quando algo entrava em sua cabeça dificilmente mudaria de ideia, mal sabia ela que sua filha puxaria exata...