Eu estava me enfiando em um buraco muito estreito.
- Certo. - Eu respirei fundo e olhei para o celular apontado na minha direção.
"Meu nome é Emily Downson Javier, Eu concordo com tudo o que vai acontecer entre mim e o senhor Gabriel a partir de agora, dia 09 de abril até o dia em que eu quebrar esse contrato de permanência obrigatória por 2 semanas. E aceitei tudo por livre e espontânea vontade."
Eu nem sequer sei o porquê de ter aceitado isso! Eu estava ficando completamente louca.
Eu só pude respirar tranquila quando ele parou de gravar. Mas voltei a ficar tensa quando ele se sentou à mesa, ligou o computador e começou a digitar em silêncio.
- O que você está fazendo?- Me aproximei dele amedrontada.
- Escrevendo um contrato que seja simples e direto para que você entenda bem. Tem alguma coisa da qual gostaria de conversar? Tipo um dia da semana sem me ver, ou o uso de redes sociais por uma hora a mais...
- Vai limitar o meu uso de redes sociais? - Olhei pra ele indignada.
- Claro que vou! Faz mal pra saúde mental e física, e você já colocou fogo em uma casa uma vez.
- Então pode colocar todas as horas extras. Isso me parece um pouco abusivo!
- É pra ser mesmo. - Me rebateu com tranquilidade.
- Só falta escolher o que eu vou comer, então. - Falei baixinho ironicamente.
- Também, mas vou terminar de escrever e depois eu vou explicar tudo.
Depois de uns 30 minutos de um som de teclado mecânico, as folhas branquinhas saíram da impressora. Duas cópias de um contrato com duas folhas.
-Pronto! - Grampeou as páginas e me entregou uma das cópias. - O primeiro parágrafo é só uma introdução comum em contratos, pode ler depois se quiser. Primeiro: O Dominador deve manter a saúde e o bem estar da sua submissa, se tornando responsável por ela durante a vigência do contrato. Acho que eu não preciso explicar isso. Segundo: A submissa deve obedecer às ordens do seu dominador, podendo sofrer punições físicas leves e cárceres. Isso parece horrível, eu sei. - Gabriel olhou pra mim esperando aprovação.
- Cárcere? punição física?
-É aí que entra o terceiro: A submissa é a única capaz de encerrar o contrato, podendo deixar de servir o dominador sem aviso prévio. Caso o dominador quebre o contrato, assumirá a responsabilidade de todos os danos. Quarto: Os dois devem assegurar não serem portadores de nenhuma doença transmissível. Quinto: As regras impostas pelo dominador devem também ser aceitas pela submissa, com uma mútua concordância. Sexto: Qualquer dano físico moderado e intenso causado pelo dominador deverá ser recompensado pelo mesmo. Sétimo: A submissa deve sempre dizer a verdade ao dominador. Oitavo: As atividades realizadas devem ser mantidas em total sigilo para a proteção de ambos os envolvidos. Nono: A submissa está proibida de manter relações não-profissionais, não-parentais e sexuais com outros homens. - Gabriel continuou lendo tudo enquanto eu só ouvia.
- Agora, que regras são essas? - Perguntei olhando o contrato.
- Vamos escrevê-las agora de próprio punho.
Primeira regra: Só pode sair do terreno acompanhada de um funcionário e nos dias de semana, deve sempre me avisar, e voltar antes das 18 horas;
Segunda Regra: Sempre me avisar sobre qualquer ocorrido fora do normal;
Terceira regra: O Gabriel é quem manda;
Quarta regra: Não falar com desconhecidos, e nem aceitar nada de ninguém exceto a Rosa;
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Diário de Submissão
RomanceEmily, uma jovem perdida e insatisfeita acaba encontrando Gabriel Muller, um homem decidido e atraente que decide virar a vida dela de ponta cabeça. Esse é um romance cheio de jogos e cenas quentes.