Diário de Submissão

30 - Misericordia y bondad

Eu não conseguia acreditar. Celeste estava grávida. Aos 15 anos ela estava grávida, e pra piorar, de um imigrante ilegal que era maior de idade. Tudo isso me deixou mareada. Era como se eu tivesse abrido a caixa de pandora da família Muller, por que as coisas eram piores do que parecia, embora eu ainda não soubesse.
Deter essa informação ia me matar, e se não matasse, Gabriel o faria caso descobrisse que eu estava pretendendo guardar segredo.

- Celeste, você tem noção do que é estar grávida? Não dá pra você brincar de guardar esse segredo! - Eu me sentei no chão e coloquei a mão na cabeça, tenntando encontrar equilíbrio.

- Eu não sou idiota. Eu sei que é muito tá! Mas Não queri que todo mundo reaja como você. Eu preciso de... Eu só preciso de um plano! Tenho que mostrar que posso lidar com isso. - Celeste chorava enquanto batia as mãos na parede.

- Eu não sei como te ajudar, mas sou a adulta aqui, não posso ser tão irresponsável. Entre na sua casa, tome banho e se recupere. Amanhã de manhã eu vou a sua porta e te busco com alguma desculpa convincente. Vá agora! - Eu respirei fundo e me levantei.

Celeste correu sem exitar. Eu ão tinha um plano, mas fiz ela pensar que eu tinha.

Juan Carlos tinha lá seus 20 e poucos anos, e isso configurava um tipo de delito, o que me preocupava ainda mais.

Rosa era o menor dos problemas, por que ela era compreensiva, mas Gabriel com certeza explodiria.

Eu verifiquei rapidamente o entorno. Ninguém de testemunha. Resolvi procurar a Juan sozinha. Ele com certeza estaria na garagem, então eu pensei em ir até lá, e caso me perguntassem, eu fingiria haver esquecido algo dentro do carro. como um brinco o uma pulseira.

Lá estava ele, se escondendo da chuva dentro da garagem. Uma parte de mim tinha vontade de gritar e até batder nele, mas a outra parte tinha pena dele, e temia pela futura retaliação de Gabriel.

- Senhorita Downson, O que faz na chuva? Acho melhor a senhora não vir até aqui. O senhor Muller se irritaria. - O jovem se levantou ao ver-me.

- Eu preciso falar com você. Vai ser rápido. - Eu me aproximei. - Você precisa dizer tudo ao Gabriel. Se você mesmo contar, vai ser menos pior. Gabriel vai se sentir ainda mais traído se souber de outra maneira. E precisa ser rápido. - continuei.

- Mas eu ainda não me sinto pronto. Acho que... Acho que ele não vai deixar barato. - Juan começou a esfregar as mãos na camisa de maneira nervosa.

- Não tem mais tempo! Não na situação da Celeste. Ela é muito jovem e tudo isso tá ficando muito perigoso. - Eu Disse quase que sem respirar entre as palavras.

- Eu não entendo. Como assim? Que situação? Nós paramos de nos ver faz uma semana, estou esperando a poeira abaixar. - Ele se explicou.

- Ela não te contou... Puta merda Celeste... -Pensei alto. - Onde foi o Gabriel? E a que horas saiu? - Eu perguntei enquanto me esquivava.

- Saiu pelas 22h, mas eu não sei onde foi. O que está acontecendo, senhorita Downson?

Eu simplesmente corri até a casa, ignorando as perguntas dele.

Ao entrar, percebi que Rosa estava me esperando com um olhar confuso.

- Você saiu nessa chuva? Oque estava fazendo? - Ela me perguntou estendendo uma toalha branca.

Eu comecei a me secar forçando um sorriso.

- Fazia tempo que eu não via chuva.. - Lhe entreguei a toalha. - Obrigada, Rosa. Se importa se eu subir? Vou me forçar a dormir pra acordar cedinho e malhar com o Gabriel. - Acenei sorrindo.