31- Verdad y dolor

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- Eu estou grávida, mãe! - Celeste gritou olhando para o chão.

- O que? - Rosa parecia chocada.

- Eu estou grávida. Passei mal quando fui ao centro com minhas amigas e me levaram ao hospital. Lá disseram que eu estou grávida de mais de quattro semanas. Eu não pude te contar nada por que fiquei com vergonha e queria me matar.

- Minha Nossa Senhora, Celeste... O que eu fiz de errado meu Deus? - Rosa se sentou chorando.

- E termina de contar a história, Celeste... - Eu disse colocando a mão em seus ombros.

- E piora? - Rosa apertou os olhos entre lágrimas.

- Eu estou com o juan carlos, mãe. O bebê é dele. Ele ainda não sabe. - Celeste começou a secar os olhos. - E o gabriel não pode saber, ele vai acabar com o Juan. E ele foi respeitoso comigo, tudo o que fizemos foi por que eu quis. Eu o amo e sei que ele me ama também.

- Meu Jesus... O menino Gabriel vai entrar em pânico, Celeste. meu Deus! Como você foi se envolver assim sem me contar, filha? Eu sempre te respeitei, tentei compreender seus sentimentos... Por que não confiou em mim? - Rosa chorava como um bebê.

- Me desculpa, mãe! Me desculpa...

-Rosa, me desculpa por trazer a notícia assim, dessa forma... É que eu precisava fazer algo e ela precisava lidar com a verdade. Eu pretendo deixar isso nas suas mãos agora, já que a senhora é a mãe da Celeste, mas acredito que seja bom dizer logo a Gabriel. - eu interrompi o sentimentalismo entre mãe e filha, sentindo que ia explodir.

- Não se preocupe, Senhorita, Eu mesma direi a ele, pode ficar despreocupada que não vai ficar feio pra senhorita. E muito obrigada por toda a ajuda que está prestando a minha filha, mesmo não tendo nenhuma obrigação. - Rosa começou a secar as lágrimas e se recompor.

- Vou deixar isso com vocês e com o Juan. Me avisem se precisare de qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo. - Envolvi-a em um abraço apertado e cálido. Fiz questão de repetir o abraço também com Celeste, que ainda estava no chão.

Naquele momento, eu precisava sumir da área do crime. Gabriel chegaria a qualquer momento, e isso me fazia lembrar do quanto eu não queria decepcionar-lo. O medo era tanto, que eu conseguia ver ele na minha frente, com aqueles olhos vazios de novo.

Eu me afastei de toda a confusão, tentando borrar todas as minhas pegadas. Simplesmente me fechei dentro do quarto, e comecei a ler-ou tentar fingir ler-qualquer livro.

A ansiedade estava a um milímetro de me matar. Eu já tinha comido todas as unhas e feito nós na metade do meu cabelo, e justo quando comecei a sentir dor, ouvi o barulho do carro e dos portões se abrindo.

Acho que naquele momento eu aoaguei, por que minha mente simplesmente não tem memórias daquele instante. Me lembro somente de Gabriel se sentando no escritório extremamente estressado, e exatamente 15 minutos depois de sua chegada, os três patetas se aproximando ao escritório com seus olhares culpados.

Quando a porta se fechou, eu senti meu coração parar por dois segundos.

Fui de fininho até a lá, para escutar a grávidade dos fatos, mas antes mesmo que eu chegasse, Gabriel abriu a porta outra vez, como se soubesse que eu estava ali.

- Entre, Downson. Se algo aconteceu nessa casa agora, você é uma das testemunhas, ou suspeitas. - Ele me olhava com certa desconfiança.

Eu apenas entrei, tentando dissimular minha tremedeira e meu suor frio.

- Sente-se, senhor Muller. - Rosa falou exitante.

- Senhor Muller? Algo sério está acontecendo. - Gabriel se sentou.

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