Quando eu acordei, a luz do sol estava me cobrindo, e Gabriel estava sentado na poltrona me olhando enquanto bebia café. Eu estava envergonhada por que ele tinha me tocado, ele tinha me escutado gemer, e eu dormi como uma pedra, então evitei olhar pra ele.
- Achei que você nunca mais ia acordar... - Ele deu uma risadinha. - Deve ter relaxado tanto que entrou em transe. Eu já saí de casa, fui trabalhar, voltei mais cedo, comi, e você continuou dormindo.
- Eu não tenho costume de ser tão ociosa, é que essa cama induz ao sono. - Falei me levantando sem olhar diretamente para Gabriel.
- Não foi a cama não, mas isso é outro assunto. - Ele se levantou e andou até mim. -Vá tomar banho.
-Agora? Eu acho que vou... - Antes que eu terminasse a minha frase, Gabriel me interrompeu.
- Você não acha nada. Entre no banheiro agora. - Eu tremi só com o seu olhar.
Obedeci quase que instantâneamente. Era como se ele tivesse um poder sobre mim.
Será que eu estou fedendo?
Entrei na banheira que já estava cheia, e banhei-me.
De alguma maneira eu parecia uma criança obedecendo a ordem de um pai super tóxico, mas não sei se essa tensão sexual se encaixa em tal cenário.
Ordenou que me banhasse e o fiz. Agora vai me obrigar a comer couve flor?Como eu não tinha mais roupas, vesti um roupão que estava dobrado no armário do banheiro e saí.
Gabriel não estava lá. O quarto estava vazio de novo.
Assim que eu sentei na cama enxugando o cabelo, ele apareceu na porta segurando uma sacola preta.- Vista isso! Quero ver como ficam! - Ele tinha uma expressão curiosa de malícia e seriedade.
Peguei a sacola e dei uma breve espiada por cima;
Calcinhas, sutiãs e biquínis?
Antes que eu falasse algo, Gabriel já tinha me tirado da cama e sentado para assistir o desfile de horrores.
- Eu não posso vestir isso! - Fiz uma cara que deixava bem claro o meu desespero.
- É pra ajudar no meu trabalho, anda logo! - Ele me olhou sério.
Isso seria exatamente como na entrevista de modelos da empresa.
Eu me virei de costas e comecei a vestir a primeira peça que peguei. Uma calcinha alta azul marinho com rendas clássicas e um sutiã igual de conjunto. O mais difícil foi vestir o sutiã sem tirar o roupão.
Me virei um pouco sem graça e mantive os olhos fechados.O que os olhos não vêem, a vergonha não sente!
- Tá com essa cara de que comeu limão por que? - Ouvi a voz áspera soar. Se nós tivéssemos 10 anos de idade, essa seria a voz que me faria bullying.
- Eu só quero usar uma roupa logo!- Continuei com os olhos cerrados.
- Azul não é a sua cor, coloque o conjunto preto.
Dei as costas novamente e vesti as lingeries pretas. O sutiã era meia taça, sem bojo e com uma renda extremamente elegante. A calcinha era quase um shortinho de renda meio fio dental. Esse conjunto deve ser uns dos mais caros dessa bolsa.
Me virei um pouco menos amedrontada mas ainda mantive os olhos meio cerrados.
- Esse ficou muito bom. Por agora não experimente nenhum outro. - Ele se levantou e pegou a sua bolsa. - Vamos comprar algumas roupas pra você porque joguei aquelas fora. Vista isso aqui por enquanto. - Gabriel tirou de dentro da bolsa um vestido preto básico. Solto e leve. - Tenho certeza de que é do seu tamanho. - Ele se aproximou de mim, tirou meu roupão e começou a me vestir. - Perfeito. Meus olhos não mentem.- Ele deu um sorrisinho enquanto ajeitava a barra do vestido que batia no meu joelho.
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Diário de Submissão
RomanceEmily, uma jovem perdida e insatisfeita acaba encontrando Gabriel Muller, um homem decidido e atraente que decide virar a vida dela de ponta cabeça. Esse é um romance cheio de jogos e cenas quentes.