21 -Tu mascota

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Depois de falar eu percebi que não devia. Eu tinha acabado de suplicar a Gabriel que me quebrasse. E ele ia.
Sua expressão ainda era a mesma, exceto pela surpresa ao ouvir-me declarar a minha excitação.
Gabriel me beijou. Me beijou tão loucamente, que eu sentia a minha pele ferver, e minhas pernas tremerem. Suas mãos percorriam meus seios e enrolavam a minha perna em seu tronco nu.
O contato entre nossos corpos me enfraquecia. Eu me sentia quase que doente.
Os nossos labios se tocavam tão intensamente, que precisàvamos de tempo para respirar.

- Eu sinto muito, Emily. - Gabriel se afastou e tirou suas mãos completamente do meu corpo.

- O que? - Minha fala estava abafada pela respiração que saia ofegante.

- Eu não posso ainda. Fico pensando em tudo que nós não fizemos antes disso. Não fizemos exámes, você não toma anticoncepcional, e você não gosta muito de sangue. - Ele se sentou ao meu lado.

Eu de fato não era muito fã de sangue, e se saísse de mim, pior, mas eu nunca havia dito isso a Gabriel.

- Como você sabe disso? Eu nunca mencionei. - Tentei recuperar o fôlego.

- Quando nós estavamos assistindo aquele filme, você não olhava para a televisão nas cenas sangrentas. Mas enfim, acho que precisamos resolver essas coisas antes. Eu não consigo pular etapas.

Aquilo era desesperador. Eu estava há mais de 35 dias esperando que Gabriel me comesse. Eu sei que no início eu não queria, era medo, mas agora eu quero muito. Ele havia me provocado!
Eu só consegui virar a cabeça para o outro lado, escondendo minha frustração até dormir.

Quando eu acordei, Gabriel já não estava. Já passava das 9h e com certeza ele já havia saído.
Eu verifiquei o celular enquanto descia para o café da manhã e vi 3 mensagens dele.

Muller: Bom dia.

Muller: Um médico e uma enfermeira chegarão às 14h para te consultar. Eu chegarei mais cedo para passar pelos exámes também.

Muller: E a noite vamos receber Anne para um jantar.

Eu apenas coloquei um "Ok" e comecei a tomar café.

Só de pensar nós exámes de sangue eu já estremecia.

Obviamente o médico chegou pontualmente, contribuindo para a minha agonia completa.

Ele e sua a assistente entraram na casa de um empresário conhecido para consultar uma jovem desconhecida, e fazer exames totais, incluindo infecções sexualmente transmissíveis. Gabriel devia pagar um valor muito alto para que mantivessem essa história estranha em segredo.

As perguntas rotineiras começaram: sobre a minha vida sexual, sobre a última menstruação, sobre problemas de saúde, histórico familiar, hábitos saudáveis, etc.

Eu fui bem sincera sobre tudo e o médico aproveitou pra me dar uma bronca por ter vivido tanto tempo sem me alimentar bem, e sem fazer check ups.

Eu colhi urina, a assistente aferiu minha pressão, o médico auscultou o coração, e quando o exame de sangue começou a ser preparado, Gabriel chegou.

- Boa tarde, Senhor Muller, há quanto tempo! - O médico lhe sorriu agradavelmente.

- Boa tarde, Senhor Carter, e muito obrigada por me esperar. - Gabriel os cumprimentou. - Tudo bem, Emily? - Ele voltou atenção para mim e pegou meu queixo de uma maneira até que bem fofa.

Eu estava chocada sobre muitas coisas, então só fiz que sim com a cabeça.

O médico também se chamava Carter, igual a Evy. Eles eram parentes?

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