Diário de Submissão

14 - Las consecuencias

Eu estava estática esperando a bronca. Com certeza ele tinha percebido e a minha morte estava com data marcada.

— Precisamos deixar tudo alinhado para hoje. — Ele abriu o meu guardanapo e o colocou sobre o meu colo.

— Ahn? É sobre isso? Perguntei prendendo a respiração.

— Você bateu a cabeça no banheiro? — Ele sorriu enquanto se servia com ovos mexidos.

— Talvez sim. — Eu cocei a cabeça.

— Voltando ao assunto, nós partiremos em uma hora. Quando chegarmos vou precisar da sua ajuda pra algo bem importante. — Ele deu um gole grande no copo de café. — Nós vamos até o escritório avaliar algumas modelos novas, e conversar com alguns parceiros e compradores, e depois vamos jantar com os funcionários.

— Mas você não tem secretaria? — Perguntei enquanto comia mais um biscoito.

— Ela vai conosco. — Ele deu uma garfada nos ovos.

— E pra que eu vou?— Fiz uma cara de descontentamento.

— primeiro para que conheçam a sua cara, segundo, será mais tempo fora de casa do que o comum, então você é tipo uma distração caso eu me estresse muito. — Gabriel colocou os dedos por dentro da minha calça. — E além do mais, eu gosto de tocar em você. — Ele sorriu.  — Mas em troca, te deixarei ir visitar os seus parentes e comprar o que quiser pra eles.

— Vai me deixar ir? — Eu arregalei os olhos.

— Não sozinha, obvio. Eu vou junto pra te vigiar.

— Isso ia ser muito estranho, melhor não. - Fiz uma cara de nojo imaginando todas as perguntas estranhas que eles fariam a Gabriel.

— Como quiser. — Gabriel continuou comendo.

Depois de comer, nós fomos até o quarto, recolhemos tudo, e fomos para o aeroporto.

Foram mais de 10h de viagem, então eu dormi o caminho todo.

Quando chegamos, passava das 15h e nós fomos direto para a La plata. Com sorte, chegamos antes das 16h e Gabriel, com a ajuda da secretaria selecionou todas as modelos em menos de uma hora.

Antes que pudéssemos sentar, Chegaram dois homens que aparentemente eram parceiros da empresa.

Eu apenas me sentei ao lado de Gabriel, segurei a mão dele e esperei eles conversarem sobre números por mais de uma hora.

Depois chegaram mais 3 homens e o advogado de Gabriel, que aparentemente foram só resolver questões de contratos. Isso demorou menos que 40 minutos.

Depois nós partimos em direção a um restaurante não muito longe dali. Era um lugar grande e muito aconchegante.

Aparentemente tinha sido reservado para a La plata, já que não havia ninguém que não estivesse usando o cachá da empresa.

Os funcionários estavam me encarando como se eu fosse um zumbi ou um tipo de vírus humano.

Como era um buffet particular, eles tinham 4 opções de refeição.

Vegana, vegetariana, carne, ou frango. E as bebidas não alcoólicas liberadas.

Enquanto os garçons serviam oa respectivos pratos, a secretária de Gabriel se levantou segurando o tablet nas mãos trêmulas.

— Boa noite a todos. Esse jantar é fora do horário de serviço, então quem esteve presente trabalhará só até meio dia na sexta-feira. — Ela anunciou. — O senhor Muller vai dar alguns esclarecimentos sobre questões que envolvem a empresa.