Manuely Oliveira ♏
Eu saí de casa e entrei no meu carro.
Passei o cinto de segurança.
Cheguei lá e passei pela recepção, fui pra minha sala.
Eu arrumei um pouco a minha sala.
....
15:49.
Aurora: acho que se eu fosse um pouco menos complicada, eu ia poder tentar algo com ele.
Manu: eu acho que não, eu acho que você precisa ser complicada pra poder tentar algo com ele. - ela fez cara de confusa. - porque só ele vai poder te descomplicar.
Aurora: você já se apaixonou, manu?
Manu: não, nunca me apaixonei de verdade, mas estou conhecendo uma pessoa que é muito legal comigo.
Aurora: acho legal você estar feliz.
Manu: eu tô sempre feliz, eu quero é que você fique feliz, já tentou conversar com ele?
Aurora: não...tenho medo.
Manu: medo a gente tem que ter de pular de paraquedas e ele cair, caso contrário, tá tudo nos trinques, o não você já tem, o sim você só precisa ir atrás, se ele falar algo que você não goste, fala pra ele, e se ele fizer algo que você não goste, aí você fala pra mim, que eu acabo com ele em.
Ela riu e eu olhei no relógio vendo que já era 16:03.
Manu: daqui a pouco outra pessoa entra aqui, mas olha o que eu vou te dizer, não tenha medo, se entregue de verdade, se apaixone, seja feliz, ame, se machuque, abrace, tem vezes que é tarde demais pra isso, as vezes precisamos só de um choque de realidade, acho que se você se entregar ele vai se entregar o dobro, só basta os dois quererem, porque se só um quiser a relação não anda, então eu espero que semana que vem você me venha com ótimas notícias.
Aurora: muito obrigada, posso te abraçar, né? Eu já sou de casa.
Manu: pode.
Eu ri e abracei ela.
Levei ela até a porta e logo um homem grande e com os braços fortes apareceu na minha frente.
Manu: o que deseja?
Maycon: fazer o meu trabalho.
Manu: caraca, tu não cansa não?
Maycon: nenhum pouquinho.
A gente riu e ele entrou, eu fechei a porta e passei a chave.
Maycon: venha.
Manu: tu deve achar que eu tenho a tua vida, né?
Maycon: tu é minha psicóloga, tem que me ajudar nos meus problemas.
Sentei no colo dele.
Manu: teve pesadelo essa noite?
Maycon: não.
Manu: você faz o meu peito de chupeta.
Maycon: um dia eu vou ter peito pra você fazer isso também.
Manu: na próxima vida eu quero vim homem.
Maycon: e eu quero vim mulher.
Manu: se tu me encontrar, deixa eu mamar tuas tetas também?
Maycon: me chamando de vaca? É isso, pô, não vai mamar nos meus melões também, tá fodida.
Eu ri e a gente deitou no sofá e ele ficou fazendo carinho na minha cintura.
Manu: não quer colocar a boca hoje? - ele negou. - por quê?
Maycon: você tá muito linda pra eu estragar o look.
Eu ri e neguei com a cabeça.
Manu: eai, como vai a vida? Já achou a sua âncora?
Maycon: não quero me relacionar, já disse.
Manu: eu já disse que não estou falando sobre você se relacionar.
Maycon: ter sentimentos dói.
Manu: tudo bem ter sentimentos, por mais que doa, as emoções é o que nos torna humanos, bons ou maus, é só não perder a esperança.
Maycon: humm, psicóloga ela.
Manu: é...meio que é o meu trabalho, né?
Maycon: ae, eu esqueci, que chato.
Manu: duas horas?
Maycon: duas horas.
Manu: cara, eu dormi contigo, não quero ficar te olhando mais duas horas não.
Maycon: e vai dormir comigo de novo, só que lá em casa, você quer conhecer o Pit e ele quer te conhecer.
Manu: não vou não, só final de semana.
Maycon: para de ser chata.
Manu: não vou subir hoje pra voltar amanhã de manhã mais cedo ainda.
Maycon: que chata, vou ter que dormir sem você mesmo?
Manu: sim, pra sentir saudade.
Maycon: eca, de você? Nunca, só dos seus peitinhos.
Manu: ridículo, te odeio.
Ele riu e apertou a minha cintura.
Maycon: será que odeia?
Manu: odeio.
Maycon: odeia nada.
Manu: te fode, mayquinho.
Maycon: odeio esse apelido ridículo.
Manu: odeia nada.
Falei igual ele e o mesmo me olhou rindo.
