Sarah sempre guardou suas cartas de amor em sua confidente caixa azul-petróleo que ganhou de sua falecida mãe, mas infelizmente não são cartas que ela recebeu de alguém; são cartas que ela mesma escreveu, cada uma delas, para cada pessoa que um dia...
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Estamos na porta da frente da mansão de Steve Bledell. Steve é do time de futebol americano da escola, mas ele é mais conhecido por ter um padrasto rico que é dono de um jatinho.
- Pronta? Pergunta Peter me olhando de uma forma estranha.
Eu seco as palmas das mãos na saia. Queria ter tido mais tempo de arrumar melhor o meu cabelo, eu só passei uma chapinha rapidamente, mas achei que ficou exagerado, então prendi num rabo de cavalo.
- Na verdade, não.
- Então vamos conversar sobre nossa estratégia. Você só precisa agir como se estivesse apaixonada por mim. Não deve ser muito difícil. Disse ele rindo.
Reviro os olhos.
- Você é a pessoa mais convencida que já conheci. Peter sorri e dá de ombro, mas continua me olhando de forma estranha. - Que foi? Por que está me olhando assim?
Ele segura a maçaneta do carro, mas para com a minha pergunta repentina.
- Nada, é só que você está muito bonita. Disse Peter com as bocheches um pouco vermelhas. Ele já me elogiou muito na brincadeira, mas essa era verdadeira, podia saber pela forma que ele me olhava envergonhado. - Espera. Diz ele, depois puxa minha xuxinha de cetim do meu cabelo e botando no pulso.
- Ei!
- Fica melhor solto. Confie em mim.
Peter passa os dedos pelo meu cabelo, ajeitando-o, e bato na mão dele. Em seguida, ele pega o celular no bolso de trás da calça jeans e tira uma foto minha.
Eu olho para ele sem entender.
- Para o caso alguém olhe meu celular. Explica Peter.
Vejo-o colocar a foto como papel de parede.
- Podemos tirar outra? Não gostei de como meu cabelo ficou.
- Mas, eu gostei. Você realmente está bonita.
- Só não perde a xuxinha, é a minha favorita. Digo vendo concordar com a cabeça.
Entro na festa com Peter Kavinsky e não consigo deixar de sentir uma onda repentina de orgulho. Eu estou numa festa adolescente e o meu par é o garoto popular da escola. Ele está aqui comigo. Ou será que sou eu que estou aqui com ele?
Eu vejo Gen assim que entramos; ela está sentada no sofá com as amigas, todas segurando copos vermelhos. O namorado dela não está por perto. Ela ergue as sobrancelhas para mim e sussurra alguma coisa para Emily Nussbaum.
Gen estava linda como eu achei que ela estaria, está usando um vestido curto e exageradamente vermelho, com decote e um salto.
- Eeeei, Sarah! Grita Emily, me chamando com o dedo. - Venha se sentar aqui com a gente.
