Sarah sempre guardou suas cartas de amor em sua confidente caixa azul-petróleo que ganhou de sua falecida mãe, mas infelizmente não são cartas que ela recebeu de alguém; são cartas que ela mesma escreveu, cada uma delas, para cada pessoa que um dia...
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Depois das aulas, Peter e eu fomos para Starbucks estudar por algumas horas. Bem, na verdade, eu estudei e ele ficou se levantando e indo falar com o pessoal da colégio que estavam sentado em outra mesa. Já de noite enquanto estávamos a caminho de minha casa, ele pergunta:
- Você se inscreveu no passeio para a estação de esqui?
- Não. Eu esquio muito mal.
Só gente popular como Peter e os amigos dele vão ao passeio para a estação de esqui todo ano. Eu poderia tentar convencer Chris a ir comigo, mas ela riria na minha cara porque ela nunca vai a nenhum passeio da escola.
- Você não precisa esquiar. Pode fazer o que eu faço.
- Você me imagina fazendo snowboard?
- Eu ensino. Vamos, vai ser divertido. Ele para o carro em frente a minha casa e volta sua atenção a mim. - Por favor, por favor, Sarah. Vamos, vai ser divertido, eu juro.
Ele me pega totalmente de surpresa. A viagem só acontece nas férias de inverno depois que as aulas já tenham acabado. Então ele quer levar nosso namoro, nós, até lá. Por algum motivo, fico aliviada por saber disso.
- Se você não quiser fazer snowboard, o hotel tem uma lareira de pedra enorme e poltronas confortáveis. Você pode se sentar e ler durante horas. E vendem o melhor chocolate quente do mundo, lá. Vou comprar um para você.
Peter tira a mão do volante e segura a minha mão, e aperta carinhosamente. Meu coração dá um salto com isso.
- Tudo bem, eu vou. Mas é melhor que o chocolate quente seja tão bom quanto você está dizendo.
- Compro quantos você quiser.
- Então é melhor você levar um monte de moedas Digo, e Peter ri. - O que foi?
- Nada.
Quando saio do carro e ele vai embora, mas rapidamente lembro que deixei a bolsa no chão do carro dele, e papai e Kitty não estavam em casa, eles estão na escola de Kitty, em uma reunião de pais e professores.
Procuro cegamente tateando no escuro em busca da cópia da chave que deixamos escondida embaixo do carrinho de mão. Então lembro que a cópia não estava lá, está na gaveta da bagunça dentro de casa porque me esqueci de colocá-la de volta na última vez que fiquei trancada do lado de fora. Não estou com a minha chave, celular, nem tenho como entrar em casa.
Fico sentada por alguns segundos até que me lembro de Josh, Josh tem uma chave reserva da minha casa. Porque meu pai deu a ele para que ele molhe as plantas dele quando viajamos de férias.
Encontro uma pedrinha no caminho e atravesso o meu quintal até estar embaixo da janela do quarto de Josh. Tento jogar a pedrinha na janela , mas erro. Encontro outra e jogo, mas ela quica no vidro, quase sem fazer som. Tento de novo, com uma pedra maior. Essa eu acerto.
