De volta

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Já eram quase 03:00 e eu estava sem um pingo de sono

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Já eram quase 03:00 e eu estava sem um pingo de sono. Já estava, praticamente, totalmente curada, só havia uns machucados em aberto, mas não era grande coisa.

Jacob e Dick saíram daqui hoje de manhã e não vieram mais, eles pareciam preocupados comigo, bem, eles têm motivos. Confesso que achei que sairia menos machucada por ele ser meu pai, mas estava errada, é  isso que dá ser filha de um idiota psicopata.  A cada segundo que passa aqui, eu ouço um grito diferente e eu não sei se eles vêm da minha cabeça ou do hospital mesmo, odeio isso. Vou dar o fora daqui.

Vejo uma enfermeira entrar no meu quarto e finjo estar dormindo, ela entra e pega algo na gaveta de um armário que tinha ali. Ela tem o cartão de acesso pra sair do quarto, se eu quiser sair daqui preciso dele.

Cautelosamente eu retiro as agulhas do meu braço e me levanto da cama sem fazer barulho. Ela está de costas pra mim, chego bem perto dela e lhe dou um golpe certeiro no pescoço a fazendo desmaiar. Fácil. Pego umas roupas que estavam ali no armário e visto rapidamente, coloco um boné pra disfarçar e saio do quarto trancando ele com o cartão. Ando pelos corredores que estavam quase que desertos, literalmente igual filme de terror. Chego na recepção e vejo que não tem ninguém, passo reto e consigo sair do hospital , sigo em direção aos carros e estava prestes a sair do estacionamento quando alguém me segura.

- O que você tá fazendo aqui ?! Era pra você estar lá dentro ! - Dick fala me repreendendo.

- Eu não quero ficar lá. - digo me soltando dele. - Vou pra casa.

- Lexi - ele diz calmo me fazendo o olhar. - Precisa ficar e se recuperar, logo vamos pra casa.

- Não. Eu vou agora. - saio correndo tentando fugir dele. Paro ao ver que já estou um pouco longe do hospital. Coloco minha mãos no joelho tentando recuperar o fôlego. Sinto minhas pernas doerem por conta dos machucados e porque eu corri. Me recupero e me levanto novamente pra continuar. Quase pulo de susto ao ver Dick n aminha frente com uma cara nada boa e os braços cruzados, Porra, ele fica tão lindo assim.

- Eu não vou voltar - cruzo os braços e ele nega com a cabeça rindo.

- Vamos, eu te levo pra casa. - ele diz apontando para seu carro. Cerro os olhos e olho pra ele. - É sério, vamos logo.

Entro no banco do passageiro e ele no do motorista. Colocamos o cinto e ele me olha por uns instantes em silêncio, o encaro também e ele sorri, e quase como um reflexo, sorrio também. Ele da partida no carro e então olha pra estrada.

- Você não tá tentando me enganar e me levar pro hospital não, não é? - digo com os olhos semicerrados e ele ri me olhando.

- O que você faria se eu estivesse fazendo isso ? - Ele me olha ainda sorrindo divertido.

- Te mataria. - Ele engole em seco e eu sorrio.

- Relaxa, vamos pra casa. - ele diz e volta a atenção na estrada. Me escoro na janela e adormeço ali mesmo.

Não posso amar você, Grayson Onde histórias criam vida. Descubra agora