Para casa.

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P.O.V LENA LUTHOR

Passando a mão pelo rosto, desejando descobrir como lidar com a minha vida pessoal igual eu fazia com os negócios.

Esclareça os seus objetivos. O que você quer?

Coloquei as mãos sobre o balcão, abaixando a cabeça, meu peito subindo e descendo com mais dificuldade a cada segundo.

O que você quer?

Eu me imaginei viajando por sedes da minha empresa ao redor do mundo, subindo os degraus do Capitólio, conquistando algo que deveria ser digno e bom para o mundo, e nada disso tinha nenhum apelo.

Nada disso a substituía.

Cerrei os punhos e me virei, pronto para avançar e conquistá-la, mas parei de supetão, vendo Lucy de pé na minha frente.

— Dança comigo? — ela perguntou. — Não chegamos a conversar essa noite.

Olhei ao redor e vi Kara perto das portas francesas, falando com o irmão, quando Ben Lockwood foi até eles e apertou a mão do irmão dela.

Lucy seguiu o meu olhar, e eu o observei conversar com a Kara. Ela não parecia estar gostando do que ouvia, mas então ele pegou a bebida dela e colocou sobre a mesa, e eu o observei levá-la para a pista de dança.

Logo me pus em movimento, passando por Lucy, mas ela agarrou o meu braço.

— Você nunca foi fotografada com ela, foi? — ela me deu uma bronca. — Ter um caso com a professora do seu filho acabaria com a sua campanha, Lena.

Olhei para ela, surpresa por descobrir que eu não dava a mínima.

— Especialmente alguém tão franca como ela — Lucy atirou. — Ela não foi feita para ser discreta.

— Mas você foi? — deduzi, lendo nas entrelinhas.

Ela mordeu os lábios rosados com uma insinuação de sorriso no rosto.

— Acho que sou tudo de que você precisa.

E foi quando percebi. Eu tinha coisas que queria, mas das quais não precisava; e coisas das quais precisava, mas não queria.

Havia apenas duas que eu precisava e desejava ao mesmo tempo: Kara e o meu filho.

Dei meia-volta e fui para a pista de dança, indo direto para Lockwood conforme ele começava a se mover com a Kara. Eu me meti entre eles, forçando-o a se afastar.

— Estou indo embora. — Eu me virei para Kara, e informei: — E vou te levar comigo.

Os olhos preocupados se viraram para mim, e ela balançou a cabeça.

— Lena, não — ela insistiu, me dizendo que eu não deveria estar fazendo isso.

Mas Lockwood avançou, estendendo a mão para segurá-la.

— Tire as mãos dela — avisei, virando a carranca para ele.

Ele recuou e cruzou os braços.

— Não percebi que ela estava aqui com você — ele disse, calmo.

Eu tinha certeza de que ele estava amando a situação, mas eu não dava mais a mínima.

Peguei a mão de Kara com a minha esquerda, e inclinei o rosto dela com a direita.

— Lena, não — ela implorou, olhando ao redor, verificando se alguém nos observava.

A voz de Lucy veio de detrás de mim.

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