Epílogo.

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P.O.V KARA ZOR-EL

— Levante o queixo — instruiu a fotógrafa, sorrindo por detrás da câmera.

Inclinei a cabeça um pouco, mantendo-a levemente para a direita, um sorriso relaxado ainda estava colado no meu rosto.

Odeio ser tão boiola por essa mulher.

Eu estava sentada no braço de uma poltrona, nós duas posando para nossas fotos de noivado.

Olhei para baixo, sentindo o rubor aquecer as minhas bochechas, me lembrando de todas as coisas imorais que ela tinha feito comigo na nossa cama ontem à noite.

— Excelente — a fotógrafa elogiou, tirando mais algumas ao voltar a se abaixar atrás do tripé.

Mantive a mão direita na coxa, a pedra preta de ônix engastada no anel de platina e rodeada por pérolas de água doce visível nas fotos.

Lena havia insistido em um anel de diamante, querendo o melhor, mas Lex gostou da minha ideia de que consciência ambiental seria uma boa publicidade.

Tantos diamantes vinham de países devastados pela guerra, então decidi optar por algo diferente.

Caramba, a Kate Middleton, a duquesa de Cambridge, arrasou com o anel de noivado de safira. Os tempos tinham mudado.

Na verdade, eu simplesmente gostava de pérolas. Era o Lex que estava vendendo a história dos países devastados pela guerra.

— Você está incrível — Lena comentou, seu terninho combinando com o meu vestido cor creme.

— Obrigada — sussurrei.

Ao longo dos últimos meses, mergulhamos mais e mais na campanha, porém ainda faltavam seis meses para as eleições, e eu sabia que ela estava preocupada que a vida dela estava tomando muito do nosso tempo.

Olhei para baixo, passando o polegar pela tatuagem fff que fiz na parte interna do pulso quando ela me pediu em casamento no Mardi Gras no mesmíssimo baile anual em que nos conhecemos.

Família, fortuna e futuro.

Lena tatuou as mesmas letras, no mesmo lugar.

Para assegurar que jamais daríamos nossas bênçãos como certas nem que deixaríamos de valorizar o que era importante de verdade, tínhamos prometido priorizar uma a outra.

A família vinha primeiro. Sempre primeiro. Cuidávamos uma da outra e contávamos uma com a outra. Sem a família e sem o Liam, todo o resto seria inútil.

A fortuna vinha em seguida. Pode parecer superficial fortuna vir antes de futuro, mas percebemos que fortuna era mais que riqueza. Era saúde, objetivos e manter o que tínhamos no trabalho que queríamos fazer para contribuir com o mundo. Nossa fortuna eram as coisas pelas quais éramos gratos e as coisas que tínhamos a dar.

O futuro vinha por último. Ambições particulares, planos para os anos porvir, e outros objetivos que talvez afastassem nossa atenção um do outro e nossos empregos só seriam considerados se tudo o mais estivesse firme.

Liam quis fazer a tatuagem também, mas dissemos a ele que teria que esperar até os dezoito anos.

E aí Lena o levou para fazer a tatuagem.

Tudo bem. A gente poderia lidar com Helena quando ela voltasse em julho.

O braço de Lena às minhas costas se moveu, e eu tive um sobressalto, sentindo sua mão acariciar a minha bunda.

Pigarreei, e pude notar seu sorriso enquanto ela me apalpava.

Liam estava sentado atrás da câmera, mexendo no telefone, enquanto Lex estava à minha esquerda, dando instruções esporádicas à fotógrafa quanto a quais fotos tirar e em quais ângulos, como se ela já não soubesse.

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