* Capítulo 2 *

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        Terça-feira, dia 8 de março.

    OI, SENTI SAUDADES DIÁRIO!

    As aulas voltaram pra valer dessa vez, sem férias ou recessos por um bom tempo. Voltaram na semana passada para falar a verdade, mas como eu sou preguiçosa, só fui ontem. Em minha defesa, imaginei que a escola estivesse vazia por causa do carnaval. Qual é? tenho certeza que ninguém tem ânimo e muito menos  disposição para ir pra escola depois de curtir um carnaval.

    Pois bem, a Luíse me contou que nos dias que faltei, o professor de filosofia passou uma atividade enorme para entregar na aula dele essa semana. Apenas os representantes o têm e colocaram no grupo de WhatsApp da turma, cujo eu não estou. A Lu é muito gentil, também me passou o número da representante para que eu pudesse pedir para me colocar no grupo. Só que isso se tornou um baita desafio: Falar com a Angela (representante) sendo que eu morro de vergonha de chamar qualquer número com quem nunca falei antes. Enviei a mensagem e sai correndo!

    A Angela até me pôs no grupo, PORÉM ela NÃO TINHA aquele que eu trabalho precisava e completou dizendo que teria que pedi-lo para OUTRA PESSOA. E quem era a tal pessoa? O MENINO QUE EU ANDO ENCARANDO, COM QUEM FUI MAL EDUCADA NO ÔNIBUS. OK, era a minha chance de me desculpar com ele, mas eu não imaginava que seria ASSIM. Tem MAIS, antes que eu pudesse pensar sobre como fazer isso sem parecer estranho, a representante marcou meu nome e o dele no grupo pedindo para que ELE me chamasse no privado. (Antes que eu termine de contar a tragédia, uma coisa boa, eu descobri que o nome dele é Eric, agora posso parar de ficar chamando ele de vice, vai que é meio ofensivo.)

    Agradeci à Angela, que respondeu dizendo "de nada moh" (O que foi carinhoso da parte dela) e então, o Eric me chamou. Ele me passou o trabalho, foi gentil e prestativo dizendo que se precisasse de mais alguma coisa, poderia contar com ele. Acho que ele não fazia ideia de que era EU a menina do ônibus, com quem ele estava conversando. Se sabia, deixou isso pra lá e ainda foi legal comigo. MAS EU ESTAVA EM CHOQUE, MORRENDO DE VERGONHA E DISSE SÓ UM OK... OK NORA!? Sou um desastre mesmo.

    –Depois dessa, ainda bem que não vou para escola hoje. Emprestei o meu cartão de passagem para a mamãe, então vou aproveitar pra tentar fazer o trabalho. Até mais, diary.

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