Trust No One (Finalizada)

Capítulo 16. II

— O que... — Duke, que foi o primeiro a correr em direção ao grupo amontoado, encarou o corpo do amigo cair ao chão, notando os destroços que sobraram de sua cabeça, banhada em sangue. — Puta que pariu.

— Ele veio — Sammi estremeceu, incrédula e sem piscar. — Ele veio atrás de mim.

Encarando a garota por debaixo da máscara, o Estripador respirou fundo, marcando-a para ser a próxima vítima de sua lista.

— GRACE! — berrou Damien, ao notar a distância que se tinha dela, com o assassino tomando o meio do caminho, segurando a motoserra que fora desligada, mas que não parecia precisar de tanta demanda para ser ligada novamente.

Ao ouvir o nome, o mascarado virou-se para a asiática, encostada contra a porta, se tremendo dos pés a cabeça. Um alvo fácil, do jeito que ele gostava de atacar.

Andando em direção até ela, o Estripador só precisou usar uma única mão para puxá-la da porta, agarrando-a pelos cabelos e jogando com toda brutalidade no chão. Grace caiu de bruços, com as mãos estendidas e soltando um grito de socorro.

— Não, não!

Se rastejando para tentar sair de perto dele, a garota foi impedida quando o mesmo ergueu o coturno pesado e desceu com toda sua força em sua panturrilha, afundando seu peso contra sua perna, obrigando-a soltar um berro estridente de dor.

Ela sentiu o osso se quebrar, e o sangue parar de circular em instantes. A dor foi tão aguçada que chegou a cuspir no chão, com as mãos balançando para que os amigos fossem tirá-la dali antes que fosse repartida ao meio.

Fora Damien quem tomou a atitude de partir para cima do Estripador. Ele empurrou Duke de seu caminho e correu na direção do mascarado que estava de costas ao grupo e não se atentaria de poder se defender com tamanha rapidez e reflexo.

Usando as duas mãos, o garoto o jogou contra algumas caixas empilhadas de mercadorias já usadas, fazendo com que causasse uma bagunça ainda maior no hall do mercado. O assassino foi para o outro lado, levando sua motoserra junto de si, desaparecendo por alguns instantes conforme as caixas caiam por cima de seu corpo, dificultando com que se levantasse.

— Grace! — Sammi correu para ajudar a amiga, pegando-a pelos braços e tentando fazê-la se levantar.

— Ta doendo... Ta doendo — chorou a asiática, ao ser erguida e não sentir mais a perna direita. — Meu Deus!

— Venham! Logo! — gritou Timmy, apontando para um dos corredores que eles deviam correr.

O baterista liderava o grupo de seis, com ele na frente de mãos dadas a Tracy que não parava de gritar enquanto corria, sendo seguido pelo jogador Duke, de olhar espantado e avoado, não conseguindo parar de olhar para trás, sem acreditar que tinha acabado de presenciar a morte de seu amigo. Atrás dele as duas garotas demonstravam ter mais dificuldades em correr, com Sammi segurando Grace apoiada em seu ombro, que praticamente arrastava a perna quebrada pelo chão, mancando e choramingando de dor conforme eram apressadas pelo garoto que vinha por último, acelerando-as para irem com mais pressa. Damien fora levado pela adrenalina.

— Para onde vamos?! — Tracy puxou o garoto que a segurava, fazendo-o parar os passos. — Não temos outra saída!

— E a saída dos fundos? A de emergência?

— Está trancada, porra! Aquela porta nunca foi aberta antes — a garota se exaltou.

— Nunca? É uma saída de emergência! — Duke se manifestou.