Shame -BEAUANY (Adaptação)

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              Any Gabrielly

     —espero que essa seja a escolha certa. -resmunguei com os meus botões enquanto começava a viagem para Chester. De volta à nossa cidade, onde todos acreditavam que Noah e eu ainda estávamos apaixonados, vivendo os nosso felizes para sempre.

     Ele não tinha contado para ninguém. Eu também não. Talvez porque soubéssemos muito bem o tipo de pessoas que viviam no lugar onde crescemos. Talvez não tenhamos contado para ninguém por não estarmos prontos para o julgamentos, as opiniões e as ideias.

    Os conselhos.

    Chester é uma cidade pequena na Geórgia há umas 5 horas de Atlanta, daquelas em que todos se conhecem pelo nome e sabem quando e como cada um deu o primeiro beijo—pelo menos a versão de contos de fadas, nao verdade dos fatos.
      Em um lugar como Chester, todo mundo vive de acordo como semiverdades—quando cada um só conta o lado da história que faz com que fique bem na fita.

    Todos achavam que eu estaria voltando para Chester porque sabiam do emprego de Noah no hospital, mas não sabiam que, quando eu chegasse, não dormia mais ao lado dele.

    Eu não havia feito planos de onde ficaria; uma parti tola de mim tinha acreditado que, de algum modo, Noah voltaria para mim e nos apaixonariamos de novo. Mesmo que as coisas não tenham saído assim, eu não estava muito preocupada com lugar onde ficaria naquela noite. Minha família estaria lá para mim, sempre e para sempre.

    Em Chester, o ponto central de toda a cidade era a igreja de Sião, que ficava bem no meio e era o coração do lugar. Meu pai, Silvio Soares, estava a frente de tudo, exatamente como vovô antes dele, e o bisavô antes dele.

    Meu pai nunca disse isso, mas eu tinha certeza de que ele havia ficado decepcionado por não ter tido um filho homens para assumir a igreja no dia em que se aposentasse.
     Ele havia me pedido para fazer isso, mas eu recusara respeitosamente. Noah entraram para a faculdade de medicina no Tennessee e, como boa esposa que era eu o seguia para onde quer que ele fosse. Eu o segui sem parar durante seus estudos, e achei que a Atlanta seria o destino final. Quando ele me disse que tinha se candidatado a uma vaga em Chester, fiquei surpresa.
    Ele costumava dizer que não queria voltar para uma vida de cidade pequena, sempre falou que era sufocante para ele.

    Meu pai respeitou minha decisão de não querer assumir a igreja e declarou que estava muito orgulhoso de mim, e mamãe respeitou o fato de eu permanecer ao lado do meu marido. Não era de se estranhar que sua música favorita fosse "stand by your man" de Tammy wynette.

    A igreja era parte integrante da história da nossa família, e toda a cidade de chester se reunia nela mais de uma vez por semana, para os sermões, o círculo de oração, os estudos da Bíblia e praticamente qualquer feira ou quermesse que acontecesse. Ir à igreja nas manhãs de domingo era tão comum quanto ir ao futebol a sexta-feira e tomaram whisky aos sábados.

    De certo modo, minha família era a realeza de uma cidade pequena dos Estados Unidos.
    Se você conhecia a igreja, conhecia a minha família, e se conhecia a nossa família, conhecia nossa riqueza.

     Papai dizia que o dinheiro não importava, que seu principal propósito era servir a Deus e prestar um serviço à comunidade, mas os sapatos elegantes de sola vermelha da minha mãe e suas joias cintilantes contavam outra história.
    Ela sentia uma enorme satisfação em fazer parte da realeza de uma cidade pequena. Era a rainha Priscila Soares, A mulher do pastor e, cara, ela levava aquele papel muito a sério.

    Quanto mais eu me aproximava de chester, mais nervosa ficava. Já fazia anos desde que fizera as malas e me mudara com Noah, e a ideia de voltar para a cidade sem ele me deixa aterrorizada. Eu odiava como minhas inseguranças andavam em evidências ultimamente, odiava me importar com os julgamentos que a cidade Faria de mim.

   O que as pessoas pensariam?
   O que diriam?

    Pior de tudo: qual seria a reação da minha mãe?