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       ANY GABRIELLY SOARES

   
    Ainda a igreja nas manhãs de domingo era o ponto alto da semana em chester. Era uma ocasião importante em nossas vidas, e meu pai era o homem responsável por isso. E como ele era bom naquilo! Eu só gostaria que minha atenção estivesse completamente focada nele naquela manhã.

   —Sente-se direito, Any -sussurrou minha mãe como estão exasperado no banco da igreja. —uma dama não curva os ombros.

   Eu me empertiguei, joguei os ombros para trás e fiquei ouvindo o sermão do meu pai para a congregação. Algumas pessoas atrás de nós começaram a cochichar e eu ouvi o nome de Noah ser mencionado.

   —É, ele veio direto da casa de Sina ontem à noite. Fico imaginando se ela sabe. -disseram elas, me senti um nó no estômago.

   —É triste ver o casamento deles ruir dessa maneira. Achei que eles fossem durar.

   —pois é, mas essa geração de hoje em dia não costuma mais lutar por seus parceiros. Ouvi dizer que não foi ele quem saiu do relacionamento.

   —são sempre as boas garotas, não é?

    Fiz um gesto para me virar e dar um fora naquelas fofoqueiras, mas minha mãe pousou a mão no joelho e negou com a cabeça de maneira discreta.

   —fique mais reta, Any. -ordenou ela.

   E eu me empertiguei ainda mais.

   —dizem por aí que Noah queria uma família, mas Any não queria engravidar. Não queria estragar o seu corpo. Mesmo que agora ele esteja um pouco...diferente.

   —também notei que ela engordou. É uma pena.

   Minha mente começou a girar enquanto eu me obrigava a ficar ali sentada sendo ridicularizada pelas pessoas da cidade. E eu não tinha sequer permissão para me defender porque era Any Gabrielly Soares, um anjo bem comportado de chester, Georgia.

   O que me magoou mais foi o fato de as pessoas cochichando serem as mesmas que me abraçavam no mercado. Ela sorriam para mim E literalmente falavam mal de mim pelas costas.

   Elas vamos sugar todas as suas energias até que não reste mais nada, e, então, vão perguntar como foi que você morreu.

   Eu me esforcei muito para não chorar também, porque uma princesa perfeita nunca chorava.

   —Será que dá para pararem?! -elevou-se uma voz, fazendo toda a igreja ficar em silêncio.

   Meu Pai parou o sermão, um pouco desconcertado diante do grito. Eu Me virei e vi Nour enfrentando aquelas pessoas rudes, que tinha uma expressão de choque no rosto.

   —Que tal vocês ouvirem o sermão em vez de ficar em fofocando sobre um assunto de qual não sabem nada a respeito? -ela se virou para frente de novo e a igreja continuou em silêncio. Nour fez um gesto em direção ao nosso pai e pigarreou, empertigando-se como uma verdadeira princesa. —Desculpe-me pai. Pode continuar.

   Ele fez exatamente isso, não deixando de maneira alguma se afetar por aquela interrupção.

   Depois do sermão, vi nossa mãe dando uma bronca em Nour no canto da igreja e me aproximei o suficiente para ouvir as palavras dela.

   —como você se atreve a nos constranger desta forma, Nour!

   —sinto muito, mas eu não aguentei ver aquelas pessoas falando daquele jeito sobre Any. E estou chocada por você ter aguentado. Elas não fazem ideia do que a Any está passando.

Shame -BEAUANY (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora