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     ANY GABRIELLY SOARES🌹

  
    Na cidade de chester, você via as mesmas pessoas todos os dias. Mesmo que não quisesse. Descobri rapidamente que Josh não apenas levava Tucker para o parque de vez em quando, mas também carregava aquele garotão no colo todos os dias pela cidade para que pudessem se sentar ao sol por horas. Parecia ser o lugar favorito de Tucker, e Josh não se importava de dar aquela alegria para o cachorro.

    Mesmo que ele odiasse quando eu olhava para ele eu não conseguia evitar.
   Era tão intrigante olhar com atenção para alguém que eu acreditava ser tão diferente de mim e enxergar parte que combinavam perfeitamente com alguns cantos da minha alma.

   Talvez não fosse os extremos opostos, no fim das contas—Nós dois estávamos perdidos e tudo mais.

   Ele não era a única pessoa que eu via na cidade, porém. O que era uma pena.
  Via Sina o tempo todo, mas fiz um bom trabalho em evitá-la. Eu a vi primeiro na lanchonete. Depois na sorveteria, e escapei antes que ela tivesse a chance de me dirigir a palavra.

   Então o nosso caminho se cruzou no mercado.

   Ela estava de salto e seu cabelo loiro estava puxado para trás em um rabo de cavalo apertado. Enquanto ela seguia em direção a sessão de frutas, legumes e verduras, eu parei. Ela ficou olhando para as bananas como se fossem criaturas estranhas, estudando cada uma delas como se não conhecesse a fruta.

    São só bananas, sua idiota. É só escolher uma penca.

  No instante em que o pensamento passou pela minha mente, eu me senti culpada.

   Desculpe por chamá-la de idiota.

   Espere.
   Não.
   Ela roubou o meu marido. Tenho permissão para xingar-la na minha mente sem me sentir culpada por isso.

   Sina pegou uma penca, e ergueu o olhar e me viu.

   —Any. -disse ela, meu nome escorrendo por sua boca como se fosse uma doença.

   Ela deu um passo atrás, e eu fiquei parada.
   Seus olhos ficaram amarelados, e eu odiei isso. Ela começou a chorar no meio do mercado, e as lágrimas pingavam nas frutas que ela havia comprado. Meu Deus, Eu odiava as lágrimas dela porque faziam com que eu me lembrasse do meu próprio sofrimento.
   O sofrimento que ela havia provocado.

   Sina deu um passo em minha direção. E meu corpo me retesou. Empurrei meu carrinho para longe.

   —Any, espere. Podemos conversar? -pediu ela.

   Suas palavras me feriram no instante em que saíram da sua boca.

   Ela se aproximou.
   Eu Me virei e fugi correndo.
   Correndo.

   Só para esclarecer as coisas, eu não era uma corredora. Tinha certeza de que nem sabia como correr de maneira adequada. Depois de 20 segundos, já estava sem ar e suando em lugares que eu nem sabia que poderiam suar. Mas continue correndo assim mesmo, porque ouvi o som do salto do sapato dela atrás de mim.

   Sina era corredora.
  Ela corria desde pequena, e era uma das pessoas mais rápidas que eu conhecia.

   Enquanto eu corria pelas ruas de chester, sem ar e prestes a desmaiar, ouvia sua voz calma e tranquila me chamando. Ela não estava nem ofegante, enquanto eu achava que deveria chamar uma ambulância e passar por uma reanimação cardiopulmonar. Meus braços, totalmente descoordenados, faziam com que o parecesse um povo, enquanto ela corria feito uma campeã olímpica.

Shame -BEAUANY (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora