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           ANY GABRIELLY ROLIM📍

  A voz de Josh sou tão sofrida ao telefone, e levei apenas alguns segundos para calçar os sapatos.

  Quando cheguei a casa dele, Josh não disse nada. Pressionou os lábios contra os meus compostos, me beijando intensamente, um beijo demorado de um jeito que ele não tinha me beijado antes.
  Ele tirou minha camiseta e com o gesto rápido abriu o meu sutiã. Nossos corpos se enroscaram, e quando ele se posicionou em cima de mim e me penetrou, eu quase reclamei pelo modo como ele estava tomando o meu corpo.

  A cada estocada, parecia que uma parte despedaçada da sua alma estava se misturando com a minha.

  Ele estava para baixo naquela tarde, mas mesmo assim eu gostei da sensação. A verdade é que o dia não tinha sido nada bom para mim também. Eu precisava que ele me tomasse com força, com vigor e rapidez, que fosse doloroso...

  As mãos dele me seguraram pelo punho, mantendo meus braços presos acima da minha cabeça, enquanto ele mergulhava cada vez mais fundo dentro do mundo fazendo com que eu gemesse o nome dele enquanto o prazer tomava meu corpo. Nossos corpos estavam molhados de suor e nossas emoções, desorientadas, enquanto ele descia sobre o meu corpo isso surrava no meu ouvido:

  —eu quero você. -ele chupou o lóbulo da minha orelha. —eu preciso de você. -ele mergulhou mais fundo e se afastou devagar. —eu quero você -repetia ele a cada arremetida dentro de mim, fazendo-me ofegar. —eu preciso de você.

  Arqueei os quadris, implorando por mais e mais, sabendo que nunca seria o suficiente.

  O jeito como estávamos nos usando era mais do que sexo era mais do que desejo e necessidade...

  Era um meio incrivelmente chocante de cura.

  Sem os nossos corpos Unidos havia uma possibilidade real de nós dois simplesmente nos afogarmos do nada.
  A nossa tristeza mútua era a única coisa que nos mantinha à tona.

  Era estranho como pessoas tristes podiam ajudar umas às outras a respirar.

                  [.......><.........]

  —você está bem? -perguntei, me vestindo enquanto ele estava sentado com a mão segurando a beirada do colchão.

  —eu sempre estou bem -respondeu ele friamente.

  Eu me aproximei dele, e beijei seu ombro.
  —você pode conversar comigo, sabe?

  Ele fez uma careta e fechou os olhos.
  —eu não converso.

  Suspirei, sentindo que o peso do mundo estava em seus ombros. Tudo que eu queria fazer era ajudá-lo a carregar aquele peso, mas Josh era completamente contra isso. Ele vivia em um mundo onde sentia que tinha que carregar tudo sozinho.

  Quando abrir a boca para falar, Tucker passou pela porta do quarto andando bem devagar em direção à sala.

  —ele está mancando -sussurrou Josh.

  —ele está bem?

  Josh encolheu o ombro.
  —Tuck é velho, está cego de um dos olhos e mal consegue se locomover sem ajuda.

  —é por isso que você o carrega no colo pela cidade?

  —ele ama o parque. Mesmo com todos os problemas, ele ama o parque.

  —eu vi você no balanço um dia. -contei. —com tuker em seu colo.

  Ele assentiu e olhou para as mãos, que estavam apertadas.
  —ele é um bom garoto. Eu fico me questionando se não estou sendo egoísta de mantê-lo aqui. Ele é só... -Josh respirou fundo e se virou para mim. E eu franzi um pouco a testa para estimula-lo a continuar. —ele é tudo que eu tenho, na verdade.

  —conte-me mais sobre ele. -eu me aconcheguei em seu colo e o abracei pela cintura.

  Ele abriu a boca e fez uma careta enquanto encostava a testa na minha.
  —eu não sei como me abrir para as pessoas.

  —bem, você não precisa se abrir para as pessoas. Só para mim.

  Antes que ele pudesse responder, seu celular começou a tocar e ele deu um grande suspiro enquanto me afastava do colo. Quando atender o, eu me esforcei para lhe dar um pouco de espaço.

  —Oi, James, tudo bem? -disse ele, antes de fazer uma pausa. —você está falando sério? Não, tudo bem. Eu já estou indo. Não, sério. Está tudo bem. Está bem. Tchau.

  Ele desligou e todo o peso do mundo estava de volta sobre seus ombros.

  —tenho que ir agora -disse ele, pegando as roupas e se vestindo.

  —está tudo bem? -perguntei, me levantando e abraçando o meu próprio corpo.

  —está... Bem, não está. Meu pai está completamente bêbado e está causando problemas na oficina. Tenho que ir até lá para controlá-lo.

  —você quer que eu vá com você?

  Ele negou.
  —não. Se você estiver comigo ele vai descontrolar ainda mais. Converso com você mais tarde. Só feche a porta depois que sair.

Shame -BEAUANY (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora