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      Any Gabrielly Soares 🌹

   
   Meus nervos estavam à flor da pele. Mesmo que eu quisesse fazer isso—eu queria o corpo de Josh contra o meu—, tudo que eu tinha aprendido na vida estava passando pela minha cabeça, avisando sobre todos os erros do ato que eu estava prestes a cometer?

    Você ainda é casada perante a lei.
    Ele é perigoso.
    Você não é esse tipo de garota.
     Você é uma boa moça.

   Silenciei as vozes em minha cabeça da melhor maneira que consegui, porque esta boa moça estava farta de ser dócil.
   Eu queria uma vez na vida ser livre e sentir como é viver sem censuras.

   —tudo bem? -perguntou ele.

   Assenti devagar
   —Tudo.

    —Que bom. -ele avançou na minha direção devagar. —agora quero que você se sente na beirada da cama. -eu obedeci e ele se ajoelhou diante de mim. —Voce é linda. -elogiou, e senti a pele arrepiar. —você sabe disso, Any? Você sabe que é linda?

   Não consegui responder. Eu não consegui me lembrar da última vez que alguém tinha dito que eu era linda. Mesmo que eu quisesse acreditar nas palavras dele, era quase impossível para mim.

   Depois de enfrentar a traição do meu marido, é impossível não duvidar do meu valor, mas, ao que tudo indicava, naquela noite, Josh estava preparado para me fazer lembrar disso a cada toque.

   Ele tocou minhas pernas nuas e beijou suavemente a minha coxa, antes de olhar para mim.

  —você está nervosa.

  —Estou.
 
   —você quer que eu pare?

   —Nao.

   Josh passou os dedos por baixo da calcinha e usou o polegar para massagear meu clitóris, fazendo com que eu fechasse os olhos. Eu me deitei, caindo contra o colchão enquanto agarrava o lençol. Meu coração disparou de um jeito que eu não sabia ser possível, enquanto ele tirava minha calcinha, permitindo que sua respiração me aquecesse. Arqueei o quadril em direção a ele, mas ele me provocou devagar.

   —paciência, princesa. -sussurrou, beijando a parte interna da minha coxa. Ele segurou meus tornozelos e abriu minhas pernas. —a gente tem a noite inteira.

   Então, sem pressa, e no ritmo perfeito, ele escorregou os lábios até o centro do meu prazer, provando o meu gosto, sugando, mergulhando a língua lentamente dentro de mim e se afastando bem devagar, antes de mergulhar novamente.

    Eu não sabia que podia ser assim...
    Eu não sabia que podia ser tão...

   Ai meu Deus.

   —Josh... -ofeguei, mexendo o quadril contra sua boca enquanto começava a me destruir da melhor forma possivel. Quanto mais eu gemia, mais rápido os movimentos de sua língua ficavam. Cada vez mais fundo... —Assim... -minha respiração estava ofegante enquanto suas mãos seguravam as minhas coxas e sua boca continuava a me explorar. Mergulhei os dedos no cabelo dele, enquanto o empurrava mais para baixo.
  
   Eu nunca tinha sentido nada como aquilo... Nunca soube que dedos de língua poderiam criar uma...

   —Jesus! -ofeguei enquanto ele mergulhava a língua ainda mais fundo e mais rápido, saindo e entrando enquanto Eu perdia completamente o censo da realidade.

   —Nao. -ele riu. —é o contrário.

  O jeito como ele controlava cada pedacinho do meu corpo apenas com a língua... O jeito como me mantinha deitada enquanto minhas pernas se agitavam... O jeito como eu me perdi e ele provava cada gota do meu prazer—era quase demais.
 
   Ele gemeu contra a minha pele como se estivesse sentindo tanto prazer quanto eu. Quanto mais eu me retorcia, mas ele explorava, cada vez mais fundo, fazendo com que eu me descontrolasse a cada investida. Quando ele se afastou, minhas pernas estavam bambas e meu peito a fava enquanto eu tentava me refazer.

   —Isso foi... Isso foi... Nossa. -ofeguei. —isso foi... Caramba.

   Josh riu enquanto meu corpo brilhava de suor. Ele se levantou e começou a abrir jeans, tirando a calça e depois a cueca.

   Meus olhos pousaram na rigidez, enquanto ele lambia os dedos, sentindo o meu gosto.
   Eu sabia que era bobagem, mas não conseguia afastar o olhar. Senti o rosto quente de desejo, de nervoso, de vontade e de necessidade, o que, no momento, parecia ser tudo a mesma coisa. Eu queria e precisava muito de Josh.

   Eu só tinha transado com um homem na vida, e ficou muito evidente que Noah não tinha o mesmo tipo de equipamento que Josh.

   Ele fechou as mãos nos meus tornozelos e fixou o olhar no meu.
   —isso foi apenas um aperitivo. -sem fazer força, ele me fez virar de bruços, e eu gemi de leve enquanto o sentia se acomodar em cima de mim. Sua ereção roçou na minha nádega e seus lábios subiram pelas minhas costas antes de chegar bem perto do meu ouvido. —está pronta para o prato principal?

   Mesmo tendo dito que sim, eu não estava.

   Quando Joshua Kylle Beauchamp me penetrou, pulsando cada vez mais fundo dentro de mim, eu sabia que tinha feito escolhas que ninguém imaginaria que uma boa moça como eu faria.

   Eu estava sendo o oposto de tudo o que o mundo esperava que eu fosse, e ser má estava sendo bom demais.

   Josh deu um tapa na minha bunda, e eu pedi mais. Eu queria que ele fosse mais rápido e ele atendeu o meu pedido.

   E não parou por aí...

   Ele me virou para si, me colocou contra a parede e me possuiu em todos os ângulos possíveis e imagináveis. E Eu gemia e pedia mais e mais.

   Josh me libertou, me livrou de todas as minhas censuras enquanto Me comia convigou isso surrava obscenidades em meu ouvido. Ele me colocou em cima dele, e fiquei nervosa quando minha mente começou a se preocupar com a visão que ele teria do meu corpo.

   Mesmo assim, com um simples toque nas minhas costas, ele baixou a minha cabeça até a dele e roçou o quadril com o meu.

   —você é linda. -repetiu. —agora eu quero que você me coma do jeito que você quiser.

   E foi o que eu fiz.

   Montei nele como se ele fosse todo meu para sempre, embora isso estivesse longe de ser verdade. Mas nossa falsa realidade valia a pena. Aqueles momentos juntos ajudaram minha mente a desacelerar de modo que meu coração pudesse acompanhar.

   Ele não era meu e eu não era dele, mas, naquela noite, nós formamos algo. Não havia nome para aquilo, só sensações.

   Era assustador e, ao mesmo tempo, tranquilizador.

   Rápido e seguro.
   Errado e, mesmo assim, incrivelmente certo.

   Ele conseguiu me dar mais prazer naquela noite do que eu já tinha sentido nos últimos anos de casamento.

   Agora eu entendi bem porque valia a pena esperar os bad Boys. Eu entendi é porque boas moças batiam na porta de Josh. Eu nunca soubera o verdadeiro significado de pernas bambas até aquela noite.

   Quando chegou a hora de ir embora, eu me vesti e ele me acompanhou até a porta.

   —vou levar você em casa. -ofereceu.

   —está tudo bem. -respondi. Mordi o lábio inferior e olhei para ele. —essa noite foi...

   —foi sim. -concordou ele, encurtando-se na porta como se estivesse lendo a minha mente. —foi mesmo.

    —tudo bem se isso ficar entre a gente? O nosso trato? Não porque eu tenho vergonha de nada, mas parece que é a primeira coisa que eu faço que é só...minha.

   —É sério, princesa... -ele deu um sorriso meio de lado e eu senti alguma coisa. Aquela era a primeira vez que eu ouvia fazer aquilo, e quando uma covinha apareceu na bochecha dele, meu coração partido palpitou no peito. —para quem eu poderia contar?
  

Shame -BEAUANY (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora