𝖪𝖺𝗋𝖺 𝖣𝖺𝗇𝗏𝖾𝗋𝗌 | 𝖲𝗎𝗉𝖾𝗋𝗀𝗂𝗋𝗅

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"Anti-Hero"

Você não poderia dizer que era uma grande super-heroína, e também não poderia dizer que era uma vilã de poder. Você usava o seu poder como achava que deveria usar. Quando percebia que alguém não merecia viver de alguma forma, você os matava. Por outro lado, quando olhava no fundo dos olhos de alguém, e enxergava apenas verdade, você os deixava viver.

Era assim que seu trabalho funcionava, e para você não havia problema algum. Mas, para outros, aquilo estava completamente errado. Para outros, o cara "mal" deveria ficar na prisão, em sua devida cela. Não deveria morrer.

Você achava aquele assunto totalmente patético e sem sentido. Enxergava a verdade e a mentira das pessoas, e isso era uma vantagem. Mas, isso não mudava o fato de estar sendo procurada por uma certa loira, que usava capa vermelha.

Hoje era mais um dia desses. Infelizmente para alguns. Felizmente para você.

Uma das coisas que você mais gostava era de provocar ela. Tanto de um jeito bom, quanto de um jeito ruim. Assim, ela nunca conseguia te capturar, pois você sempre estava a frente, tocando em algum ponto fraco dela. Era divertido.

Você entrou naquela casa abandonada, procurando por alguém, ou por alguma alma presente. Deveria ter muitas, a propósito. Tudo estava sujo, empoeirado, e com teias de aranha.

- O que alguém viria fazer aqui? - você perguntou para si mesma, passando um dos dedos sobre um piano, completamente empoeirado.

- Faço a mesma pergunta. - escutou uma voz familiar, porém você não se virou, sabia muito bem de quem era. Um sorriso cresceu em seus lábios, enquanto você continuava andando por aquela sala.

- Parece que estamos no mesmo lugar, outra vez. - você disse, ainda sem se virar. Poderia não estar vendo, mas sabia que a loira estava em sua clássica pose de super-heroína.

- Estou aqui por sua causa. - ela andou alguns passos em sua direção, mas logo parou.

- Não vejo nenhuma novidade, eu sempre sou a causa para você estar perto de mim. - você se virou, olhando ela de cima a baixo. Certamente, ela era muito bonita.

- Se não fosse uma criminosa eu não teria que prender você. - seus olhos se reviraram e o sorriso do seu rosto desapareceu.

Se tinha uma coisa que você odiava era ser chamada de criminosa. As pessoas não sabiam como você trabalhava, então, deram a você esse nome apenas por matar pessoas.

- Você, alguma vez na vida, matou alguém? - você começou a dar passos lentos na direção dela, que não se moveu do lugar.

- Nunca matei ninguém. - você olhou bem no fundo dos olhos dela, vendo que ela estava contando a verdade.

- Mas quis matar alguém. - você disse mais como uma afirmação, vendo Supergirl balançar a cabeça freneticamente.

- C-claro que não. Nunca quis matar, e nunca matei ninguém. - novamente você encarou os olhos azuis dela, deixando um sorriso sair de seus lábios.

- Mentirosa. - você colocou a mão no peito dela, empurrando ela levemente até a parede mais próxima. - Não sabia que contava mentiras, Supergirl.

- Não estou mentindo. - ela respondeu, tentando parecer confiante. Você soltou uma risada fraca.

- Eu vejo a mentira e a verdade das pessoas, Supergirl. Não tente se pagar de vítima aqui. - você negou com a cabeça, pressionando ela contra a parede. - Está nervosa? - perguntou, escutando o coração dela acelerar e sua respiração desregular.

- N-não. - ela respondeu. Você sabia que era mentira, nem precisava de confirmação para saber que ela estava desesperada por alguma ação.

- Sei que está... - você desceu as duas mãos pela barriga dela, até chegar no cinto dourado. O coração dela começou a bater mais rápido, e você ficou a centímetros da boca dela. - Quer alguma coisa, Supergirl? - você indagou, olhando no fundo dos olhos dela, que agora estavam mais escuros.

- Eu... - o peito dela começou a subir e descer com mais frequência, fazendo ela fechar a boca e não conseguir dizer mais nada. Você sorriu levemente de canto, inclinando a cabeça e começando a beijar o pescoço dela. A loira colocou as mãos em seus ombros e jogou a cabeça mais para o lado.

Você subiu os beijou para o maxilar, depois para a mandíbula e logo em seguida chegando nos lábios dela. Em nenhum momento ela tentou empurrar seu corpo, ou hesitou em fazer algo. Ela soltou um gemido baixinho quando suas línguas se tocaram, e você pressionou ainda mais seu corpo contra o dela.

"Supergirl, você está ouvindo?"

O comunicador dela foi ativado com a voz de Alex do outro lado da linha. Você rapidamente se afastou e Supergirl pegou o comunicador, se virando para conseguir regularizar a respiração e falar com a Agente Danvers.

- Sim, estou aqui. - ela respondeu quando seu coração voltou a bater normalmente e sua respiração regularizou.

"Bom, parece que perdemos o nosso alvo... outra vez."

Supergirl se virou outra vez, notando que você não estava mais na casa. Ela soltou um suspiro derrotado e voou de volta para o DEO.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄 𝐆𝐈𝐑𝐋𝐒 Onde histórias criam vida. Descubra agora