Rescue Us

Capítulo 26

...uma semana depois...

O banho quente e relaxante durou longos minutos. Era o tempo que tinha pra aproveitar já que Grace estava na escola e naquela tarde eu não iria trabalhar.

-Suas coisas já estão separadas para a viagem de amanhã? - Brianna pergunta quando saio do banho só com uma toalha enrolada na cintura.

-Está no canto do closet. - concordei. -Só uma malinha já é o suficiente pra mim. -completei, indo até o closet pegar uma muda de roupa.

-Como você está? - ela perguntou, se aproximando por trás e me abraçando, fazendo eu alisar seu braço e me virar para trás, virando de frente para ela.

-Bem, na medida do possível. -sorri de leve para ela. -Feliz que você continua aqui. -completei, alisando seu rosto, fazendo ela sorrir. -Você já conseguiu entender o porque queria acabar com o nosso casamento? - perguntei com delicadeza, preocupado com ela.

-Eu não acreditava mais no nosso amor. - ela desviou os olhos dos meus, quase como se tivesse vergonha. -Não sei explicar. Parecia algo irreal a gente se amar depois de tudo aquilo que aconteceu e eu acabei entendendo que você não teve culpa de nada. -ela voltou a me olhar nos olhos. -Quando eu estava naquele lugar, completamente drogada e perdida, desesperada... eu só conseguia pensar na Grace e em você... e em tudo que eu tinha falado pra você e todas as brigas e tudo...- ela suspirou, com os olhos marejando, me fazendo segurar seu rosto, acariciando-a. -Eu pensei que eu ia morrer e que não voltaria. E tudo o que eu pensava era no tempo que eu tinha perdido com você e com Grace depois que você voltou e que eu estava jogando tudo isso fora. - ela encolheu os ombros.

-Te ver daquela maneira, quase inconsciente, foi uma das piores cenas que eu já vi na vida. -Espremi os lábios.

-Eu te amo, Chris...- ela puxou meu rosto para o seu. -Desculpa por todas as coisas que eu já falei e que te machucaram. -completou, fazendo meu peito se aquecer.

-Está tudo bem... - eu a puxei para meus braços, deixando que ela se encaixasse em meu peito. - Eu te amo demais. Estou feliz que apesar de tudo você está aqui, saudável. - Beijei seus cabelos.

Ela ergueu os olhos para mim e sorriu, me puxando para um beijo gentil, mas que logo esquentou, me fazendo colar nossos corpos, deixando para que ela me guiasse para nossa cama, sem se importar da toalha em minha cintura cair no chão.

Ela se jogou na cama e me deixou cair sobre ela, colando nossas bocas novamente. Tirei sua roupa sem pensar muito, notando seu corpo voltando ao normal, sem as manchas nos braços e com os hematomas quase invisíveis. Passei a mão pelo seu corpo, tocando com suavidade enquanto ela puxava minha boca para sua mais uma vez, arranhando meu tronco de leve, mas com delicadeza ao tocar meu braço a minhas costelas já quase cicatrizadas.

Beijei seu corpo do pescoço até o meio de suas pernas, a fazendo suspirar enquanto apertava seus seus e sentia o gosto de seu prazer em meus lábios. Sentia meu membro pulsar, já desejando estar completamente dentro dela. Como se ouvisse meus pensamentos, ela puxou de leve meu cabelo, para eu me afastar e virou de bruço na cama, deixando que eu beijasse seus glúteos, subindo os beijos pelas suas costas e chegando até sua nuca, subindo meu corpo sobre o dela, fazendo ela empinar um pouco o bumbum, como um pedido silencioso. Meu membro extremamente duro sarrou já se encaixando em sua entrada úmida, não sendo necessário esforço nenhum para que eu entrasse por inteiro nela, fazendo-a gemer, apertando o lençol acima de sua cabeça.

Comecei a me movimentar da maneira que eu sabia que ela gostava, fazendo ela gemer a vontade, aproveitando o momento raro que era ter só nós dois em casa, sozinhos.

Só parei os movimentos com meu corpo colado no dela quando senti sua intimidade apertar a minha e se molhar ainda mais, denunciando seu orgasmo com um gemido alto. Apertei mais seu corpo contra o meu e investi mais rápido, aproveitando as contrações da sua intimidade para facilitar meu ápice de prazer que veio logo depois, preenchendo-a deliciosamente.

Deixei meu corpo pesar sobre o dela, sentindo todos os meus músculos relaxarem, passando o nariz em sua orelha antes de sussurrar em seu ouvido.

-Eu te amo... - falei, fazendo-a sorrir, de olhos fechados, relaxada.

...

-Grace, desce com a sua mochila pra gente guardar no carro de uma vez! - Brianna gritou no começo da escada, ligando a TV para que Grace comesse vendo TV para que comece com menos bagunça antes de pegarmos a estrada.

-Espera, espera. Não muda! - avisei para Brianna que estava prestes a mudar o canal quando entrei na sala e mirei a Tv, vendo a foto do barco naufragado sendo retirado do mar.

Ela aumentou o volume sem que eu precisasse falar nada, enquanto eu me aproximava.

-Foi identificado de quem é um dos vários corpos encontrados em um iate de luxo naufragado na marina de São Francisco há alguns dias. O homem de quarenta e cinco anos era um procurado pela Interpol como um dos maiores traficantes de mulheres do oriente médio. Conhecido como Amir Asaf, era procurado há quase uma década. - informou a jornalista, enquanto passava imagens do iate e o rosto do bandido ainda em vida, em uma foto antiga. -Amir foi encontrado sem vida com um tiro na perna, amarrado ao guarda corpo de seu próprio iate, no local foi encontrado pelo menos mais quinze corpos, aparentemente todos envolvidos nos bárbaros crimes de Amir. A polícia investiga quem teria causado o naufrágio do iate, suspeitando ter acontecido uma briga territorial ou até mesmo um acerto de contas, uma vez que Amir passou anos conquistando inimigos ao redor do globo.- continuou. -Com os dados e informações resgatados pelos policiais no iate de Amir, foram descobertos pelo menos cinco bases de tráficos de mulheres, sendo todos espalhados pela Turquia... - ela começou a contar, fazendo eu e Brianna arregalarmos os olhos ao ver na TV as imagens de mulheres sendo resgatadas e casas sendo bloqueadas, entre elas a que Brianna tinha estado em cárcere. -Ao todo pelo menos cento e cinquenta vítimas foram resgatadas em condições precárias e desumanas, além dos corpos das que não sobreviveram para ver o fim do império de Amir Asaf. A qualquer momento voltaremos com mais notícias sobre o caso. -completou, entrando na propaganda logo depois.

-Descobriram tudo! -Brianna tapou a boca, sem acreditar. - Amor, olha o que você e Brad fizeram! - ela segurou meu braço, com olhos brilhando de empolgação e emoção. - Vocês salvaram todas aquelas mulheres! Vocês dois são heróis! - ela falou, me fazendo rir e abraçá-la de felicidade.

-Brad ficaria muito feliz de saber disso... - eu ri, passando a mão pelo cabelo, sem acreditar.

-E ele está amor, com certeza... onde quer que ele esteja, ele está comemorando o que vocês fizeram. - ela segurou minha mão e sorriu para mim.

-Estou pronta! - Grace desceu as escadas tentando correr, animada com a viagem, mal entendendo o estado de choque que eu e Brianna estávamos.

-Acho que o capitão que você falou conseguiu deixar em segredo o nome de vocês, né? Não houve nem um comentário sobre a ambulância socorrer Brad. -Brianna comentou enquanto eu pegava Grace no colo.

-É, isso eu sabia que ele conseguiria. - concordei. - Mudança de planos. Vamos comemorar e vamos no restaurante que o Tio Brad mais gostava de ir! -falei com Grace, que arregalou os olhos, animada.

-Mc' Donalds! - ela levantou os braços animada, fazendo Brianna e eu rirmos.

Fechamos a casa e desligamos tudo rapidamente. Terminamos de levar as malas para o carro e nos ajeitamos para pegar a estrada, dispostos a parar no meio do caminho para lanchar.

-Papai, já pode me contar pra onde a gente vai depois do Mc Donalds? -Grace perguntou, já sentada em sua cadeirinha.

-Vamos te levar para ver a vovó. - Brianna avisou, olhando-a por sobre o ombro.

-Onde tudo começou, né? - eu sorri para Brianna, entrelaçando seus dedos nos meus enquanto eu dirigia. - E onde vai recomeçar. -puxei sua mão para beijar as costas da mesma, voltando a mirar a estrada, admirando o céu azul e o sol quente, com o coração alegre depois de tantos acontecimentos ruins.

-É, vamos recomeçar. - Brianna sorriu de volta, mexendo no meu cabelo de leve. - Obrigada por não desistir de nos salvar. - Ela sussurrou, me mirando com o brilho nos olhos que eu tanto amava. Ela estava, enfim, salva.