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As ondas eram tão fortes que acreditei que não conseguiria me segurar dentro da água, finquei os dedos na areia no fundo do mar a cada passo, o que não me permitia me locomover da forma que desejava, mas ao menos tinha mais força contra a corrente aquática.
Finn estava à alguns metros à minha frente, rindo e caçoando do fato de eu me recusar a nadar na direção contrária (assim como o mesmo fazia), permaneci caminhando com dificuldade pelas águas azuis. O mar estava limpo a ponto de sermos capazes de ver os próprios pés no fundo do mar, além da areia que se desfazia entre meus dedos quando eu me movia com dificuldade.
Desisti de usar os pés para chegar ao meu namorado, então apenas deitei o corpo e me esforcei para manter a cabeça fora d'água enquanto batia os braços e as pernas rapidamente, sendo encurralada por algumas sessões de ondas maiores.
As mãos eficientes agarraram minha cintura assim que meu corpo se endireitou, o alto não demorou nem um segundo para colar o meu corpo ao seu e juntar nossos lábios enquanto a água levava meus cabelos para a direção contrária, a parte em que estávamos não era tão funda para o Finn quanto era para mim. Ele conseguia ficar confortável com a água batendo em seu estômago enquanto o mar já estava na altura dos meus ombros.
- Você fica linda de azul - não consegui sentir minha expressão, mas sabia que estava sorrindo
Sem reações, o puxei para um outro beijo, dessa vez o permitindo unir nossas línguas por um curto momento. Um sorriso tomou seu rosto antes mesmo de separar nosso beijo, seus lábios macios me acariciavam com tanto amor que me fazia quase levitar.
Eu o amava.
- Fica linda de todos os jeitos - completou ao cessar o ósculo
Sorrisos ocupavam nossos rostos enquanto os corpos eram internamente aquecidos por emoções e resfriados pela água salgada do mar. Finn não quebrou o contato visual nem por um segundo, meu estômago já era inteiramente tomado por borboletas de todas as formas diferentes.
- Quero beijar você até perder minha resp... - não o permiti que terminasse sua frase, ao invés disso, o beijei até que não conseguisse mais respirar
Escorreguei meus dedos pelo seu maxilar enquanto Finn me segurava, não me permitindo esquivar de seu carinho ou sequer recusá-lo, mesmo sabendo que eu jamais o faria. Toda aquela corrente elétrica passava pelo meu corpo e contagiava o seu de modo que me fazia acreditar que poderíamos nos tornar um só.
Seus dedos longos acariciavam minhas costas nuas e, por vezes, deslizavam pelo meu cabelo me fazendo arrepiar. Quando, depois de um longo tempo, demos fim à toda euforia daquele beijo, Finn me entregou um sorriso sincero e deixou um curto selar em minha testa, finalmente me "liberando" e afastando nossos corpos, apenas alguns centímetros.
- Tem um restaurante beira-mar do outro lado da praia... - começou, umedecendo os lábios sutilmente - o que acha de jantarmos lá?
- Sushi cairia bem... - sorri travando o maxilar
Não sabe que eu aceitaria qualquer coisa apenas para passar mais tempo com você, bobinho?
- Podemos voltar para a pousada e vir para o restaurante depois de um bom banho - seu olhar dizia exatamente o que ele desejava, sorri
- É... - o sorrisinho sacana nos lábios do canadense o deixava ainda mais irresistível - vamos fazer isso.
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