A noite finalmente havia chegado e, após muitas sessões de meditação da parte de Simone para não ter um orgasmo precoce, ela havia conseguido recuperar sua sanidade. No final da tarde as garotas haviam passado em um motel para tomarem um banho rápido, logo retornando ao caminho para San Diego.
Naquele momento Garfield estava ronronando sobre o colo de Simone enquanto a mão direita dela acariciava o pelo macio do animal. Soraya suspirou e invejou sua gata, afinal, ela estava há quase duas horas recebendo carinho da morena. Por outro lado, ela não podia deixar de sorrir ao ver que a mulher havia se afeiçoado à seu gato.
— Bem, parece que as meninas já foram — Soraya insinuou, umedecendo seus lábios. Havia cerca de cinco minutos que as meninas haviam ido dormir e Simone permaneceu quieta, dirigindo, segurando o volante com uma mão e acariciando Garfield com a outra.
— É — a maior disse sem tirar os olhos da estrada.
— Parece que o meu gato realmente gostou de você, hm? — Soraya brincou, rindo, tentando não deixar o assunto morrer.
— Oh sim — Simone respondeu rindo. — Não foi só ela, hm? — Sugeriu, sorrindo de canto.
Soraya suspirou aliviada ao ver que Simone não havia ficado estranha, pois por um segundo havia pensado isso.
— Não. Definitivamente não foi só ela — afirmou sorrindo e o assunto voltou a cair em um abismo. Bufou frustrada ao notar que a morena não havia falado sério quando disse que mais tarde fariam algo e, para não parecer uma desesperada por um orgasmo, não tocou no assunto. — Eu, hm, vou lá para atrás. Dorme comigo hoje? Lá é mais confortável.
— Claro. Já já estaciono — Simone disse brandamente e Soraya assentiu, se inclinando e dando um demorado beijo no rosto da motorista antes de passar para a boléia.
Soraya esperou.
Esperou.
Esperou.
E esperou.
Mas Simone parecia não querer largar aquele maldito volante.
A menor começou a divagar sobre a mulher ter se arrependido. Para ela o sexo era, de fato, algo mais sério e provavelmente não estaria disposta a praticá-lo com uma quase desconhecida que conhecera há poucos dias.
Soraya não entraria em uma crise existencial por isso, mas realmente esperava que Simone não parasse de beijá-la. Ela gostava, de verdade, dos beijos da morena.
E do cheiro.
Das mãos macias.
Da voz rouca.
Saiu de seus devaneios quando sentiu o caminhão, finalmente, estacionar. O "clique" dos pinos do caminhão travando as portas, como em todas as noite, foi ouvido e o barulho dos sapatos de Simone sendo retirados e lançados ao chão também.
Soraya sorriu aliviada ao vê-la apagar a luz e se aproximar dela, pois adorava dormir abraçadinha com Simone, era uma das melhores sensações. Pensou em fingir que estava dormindo, mas para quê?
A maior se acomodou ao seu lado lentamente e a loira virou-se de frente para ela no mesmo momento.
— Pensei que estaria dormindo — Simone disse, levando uma mão até o rosto de Soraya e acariciando a pele sob seu toque.
— Estava te esperando para ganhar um beijo de boa noite —Soraya respondeu e Simone sorriu.
— Desistiu de ter aceitado a minha proposta? — Simone brincou, rindo.
— Que proposta? — Soraya se fez de desentendida.
— Uhuh... — Simone esfregou sua nuca e sorriu amarelo. — Nenhuma.
Soraya riu e se inclinou dando um selinho em Simone.
— Você parece um neném quando fica tímida assim — disse com o sorriso de orelha a orelha. — Claro que eu ainda quero transar com você, Simone. Só pensei que você que não iria querer mais. Ficou um tanto muda e mal me olhava.
— Eu só estava me certificando de que você não me atiçaria outra vez.
— Oh, e por que demorou para vir para cá?
— Sory, eu sempre dirijo algumas horas a mais depois que as meninas se deitam — Soraya concluiu que Simone estava certa.
— Que tal pararmos de falar agora? — Soraya perguntou, sorrindo no canto dos lábios.
Simone sentiu seu coração acelerar com aquele tom de voz e assentiu, sentindo Soraya enfiar os dedos em seus cabelos e grudar suas bocas. Que beijo maravilhoso Soraya dava, pensava.
As mãos de Simone apertavam com vontade a cintura de Soraya, para depois subir e descer pelas curvas de seu corpo magnífico. Ela gemeu baixinho ao sentir uma das mãos da loira arranhar a pele de sua barriga e logo adentrar seu short, começando a massagear seu nervo já rígido por cima da calcinha. Seus seios estavam doloridos contra a blusinha, os bicos rijos se destacaram no tecido e aquela marca foi o suficiente para enlouquecer Soraya, que lambeu um deles por cima do pano da camisa.
— Acho que estamos com roupa de mais, hm? — Soraya sussurrou, não parando os círculos no centro de Simone.
A mais velha assentiu e a garota não se importou em ir devagar, simplesmente cortou o beijo, se sentou e retirou a calcinha, já que usava um vestido. Jogou por qualquer canto e se virou para ela, desabotoando os botões de seu short e o removendo.
Soraya não foi devagar, nem romântica e nem nada disso. Ela tinha pressa, sede de um orgasmo, fome pelo corpo de Simone.
E Simone adorou.
Simone puxou Soraya antes que ela fizesse qualquer outra coisa e a encostou ali, abrindo suas pernas o máximo que conseguiu assim que ergueu o vestido até a altura da cintura, se jogou no banco da frente e gemeu baixinho ao ver a carne macia, lisa e pulsante clamando seu nome. Ela se inclinou e aplicou um beijo no clitóris da mais nova, a vendo gemer um pouco mais alto do que elas vinham feito até agora. A morena sorriu e juntou os lábios naquele pequeno nervo deliciosamente convidativo, fazendo a garota voltar a gemer em puro deleite.
Havia mais de um ano que não transava com alguém e aquela língua macia e quente lhe estava fazendo quase revirar os olhos. Simone tremeu a ponta da língua em seu clitóris e logo desceu, ameaçando penetrá-la com a língua. Soraya levou as duas mãos até as almofadas que se encostava e pressionou os dedos ali, enquanto começava a rebolar na boca de Simone.
Soraya gemeu e mordeu fortemente seu lábio inferior ao sentir Simone empurrar aquela língua deliciosa em seu interior.
— Rápido, Simone. Rápido... — Ela gemeu ainda rebolando os quadris contra o rosto da maior.
Simone obedeceu e petrificou a língua, enfiando-a e a retirando em um vaivém maravilhoso. Soraya sentiu-se a ponto de gozar ao senti-la que endureceu a língua e quase gritou ao sentir o dedo polegar se esfregando em seu nervo a ponto de explodir.
Um miado fez Soraya se encolher e ver seu gato lhe assistindo. Suas bochechas ganharam uma coloração rosa e a mais velha percebeu, rindo baixo. Simone puxou a cortina, impedindo Garfield de ver aquela boceta gostosa pingando pela loira, e logo se enfiou embaixo da cortina, reaparecendo do outro lado.
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MARATONA: 2/5
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Estrada Da Vida - Adaptação
Fanfiction{CONCLUÍDA} Simone Nassar Tebet é uma caminhoneira; levava a sua vida na tranquilidade das estradas de todo o país. Aos seus vinte e sete anos não se via fazendo outra coisa senão dirigir, exatamente como seu pai a ensinara. A garota possui mais dua...