Capítulo 25

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Demorou mais saiu gente, desculpa pela demora! Estava super atarefada com algumas coisas da faculdade, mas agr encontrei tempo para vir atualizar a história! prometo postar bastante hoje, para recompensar o tempo que fiquei off aqui. Boa leitura a todes <3

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—  Simone... — Soraya gritou em meio a risos quando sentiu Simone levantá-la no meio da rua e rodopiá-la no ar. — Me põe no chão — ela pediu, soltando um gritinho quando a morena fingiu que iria derrubá-la.

— Desculpe, é que foi gol, Sory— ela explicou, descendo Soraya e a abraçando animada.

Depois que saíram do restaurante viram uma aglomeração na praça e Janja, como sempre festeira, teve que ir ver do que se tratava. A seleção de seu país jogava e a lanchonete da frente distribuiu mesas e cadeiras por toda a praça, servindo as pessoas, elas tomaram seus assentos por ali e pediram uma cerveja, mas quando saiu gol todas já estavam altas demais. Certamente dormiriam na cidade, Simone não estava em condições de dirigir.

— Eu prefiro comemorar de outro jeito esse gol — Soraya falou sorrindo.

— E como?

— Não sei se tenho permissão de te beijar na frente das suas irmãs — sussurrou e a morena sorriu.

— Elas fingem que não veem, não sei por qual razão — Simone disse rindo. — Mas você tem permissão de me beijar quando e onde quiser — sussurrou.

— Vou manter isso em mente —  Soraya disse se inclinando e tocando seus lábios nos de Simone, o beijo não demorou muito porque o lugar estava lotado e elas não queriam dar um show ao vivo, por isso se sentaram, Simone na cadeira com Soraya em seu colo.

— Samara vai sobrar esta noite —  Janja disse, fazendo as garotas lhe olharem.

— Não vou. Garfield dormirá comigo — ela disse determinada e a garota loira sorriu.

— Promete cuidar do meu bebê pela noite? —  Soraya perguntou em um bocejo.

— Só se você prometer cuidar do meu.

— Hey, eu não sou bebê — Simone protestou.

— Você e Janja sempre serão meus bebês — Samara disse orgulhosa, desviando sua atenção para a televisão.

— Eu não entendo por que não passam a bola para o cara com o apito — Soraya falou e várias cabeças se viraram em sua direção, inclusive de pessoas desconhecidas, a garota e se virou de lado, enterrando sua cabeça na curva do pescoço de Simone. — Eu não entendo de futebol, oras. Sisa, diz para eles não me olharem — ela disse envergonhada e Simone riu.

— O cara do apito é o juiz do jogo, Sory. — Simone explicou pacientemente, acariciando as costas da menor. — Ele não joga. Só está ali para garantir que ninguém irá infringir as leis do jogo.

— Oh! — A menor exclamou, mas não adiantava, ela não gostava de futebol e, por esta razão, adormeceu no colo da morena alguns minutos depois.

[...]

O par de olhos castanhos se abriram confusos. Soraya se assustou por alguns instantes ao ver que estava sozinha na cama, mas sorriu mais tranquila ao ver Simone sair do banheiro.

— Hey... Dormi enquanto você tomava banho — Soraya disse e a mulher riu.

— Você está uma dorminhoca hoje — Simone disse, engatinhando na cama e dando um selinho em Soraya.

Estavam em um hotel próximo a onde deixaram o caminhão, buscaram Garfield e fizeram o cadastro. Soraya foi a primeira a tomar banho e acabou dando um cochilo quando viu que a maior demorava demais.

— A culpa é do vinho. Sempre me dá sono — Soraya explicou, se aconchegando no corpo de Simone.

— Desculpe ter te acordado.

— Não se desculpe. Gosto de dormir sabendo que estou com você — Soraya disse ainda sonolenta, sentindo o vento frio adentrar as frestas da janela e se arrepiou. — Hoje está mais friozinho do que nos últimos dias.

— Quer que eu peça outro cobertor? — Simone perguntou e Soraya negou.

— Só me abraça que o frio vai embora — pediu e a morena acatou, circundando um braço em volta da menor, que estava deitada sobre seu peito.

O silêncio se instaurou e quando o sono estava, finalmente, chegando para Simone, a loira voltou a falar.

— Você ficou falando só de mim e de coisas aleatórias e acabei de perceber que você não me falou nada sobre a sua vida.

— Não tenho muito o que falar. Eu, Janja e Samara fomos adotadas ainda muito pequenas. Minha mãe adotiva morreu quando eu era bem nova e meu pai era um homem maravilhoso, descontraído, divertido, brincalhão e doce — a voz saiu nostálgica. — Seu jeito me lembra dele.

— Sinto muito que ele tenha partido — Soraya disse, depositando um beijo na clavícula de Simone.

— Eu também — suspirou.

— Sisa, faz carinho? — Soraya pediu de olhos fechados. — Você sempre faz e agora não está fazendo. — Sua voz estava dengosa, Simone assentiu e levou sua mão ao couro cabeludo, acariciando a região. — Eu estou triste... — Confessou em um sussurro.

— O que você tem, baixinha?

— Não sei. Talvez tenha sido o álcool, mas uma sensação de vazio me preencheu — ela disse baixinho. — Eu nunca tive ninguém que prestasse atenção em mim e agora que... — Suspirou e negou com a cabeça. — Não dê ouvidos ao que eu digo.

— Hey, eu sempre darei ouvidos ao que você diz. Me diz uma coisa... E seu pai, onde está?

— Em algum lugar do mundo. Talvez embaixo da terra, não sei. Não conheci.

— Mas foi registrada?

— Sim, o Thronicke é dele, mas realmente não quis procurar. Não me interessa buscar alguém que me abandonou ainda criança.

— Entendi.

O silêncio voltou a se instalar no ambiente e logo a risadinha de Soraya se fez presente.

— Sisa?

— Sim?

— Aquele seu livro é sobre o quê?

Simone riu e negou com a cabeça.

— Durma Soraya.

E essa foi a válvula para fazer a garota erguer o corpo e lhe fitar.

— Diz, por favor? Eu prometi não mexer mais nas suas coisas ou invadir o seu espaço, mas sou muito curiosa e vou morrer se você não contar — a menor fez drama e a morena riu.

— Certo. É romance.

— E qual parte te excitou?

— Como? — Simone perguntou confusa.

— Você estava bem... Não que eu seja uma pervertida, mas você estava sem sutiã naquela outra noite e eu vi seus seios enrijecidos. Você também se remexia inquieta.

— Certo. É um romance erótico, tudo bem? Gosto de histórias assim — confessou, dando-se por vencida.

— Depois me diz o nome? Quero ler também.

— Digo.

Soraya voltou a deitar ao se sentir menos agitada.

— Sisa? — Simone riu e assentiu, já sabendo o que a garota iria pedir. Voltou a afundar suas mãos nos cabelos loiros de Soraya. — Boa noite, Sisa.

— Boa noite, Sory.

Estrada Da Vida - AdaptaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora