Minho*
Ressaca brava foi a que me atingiu no domingo. Simplesmente em depressão e puro ódio, querendo apenas ficar no escuro com aquela sensação horrível de não saber se quer dormir mais ou simplesmente morrer de vomitar tudo o que seu corpo consegue.
Deitado na cama, o mundo ainda girava e fazia isso na velocidade máxima, mesmo já sendo umas 10h da manhã. Céus, eu realmente preciso parar de beber.
Enquanto tentava manter a alma dentro do corpo, escuto resmungos piores vindo da cama do outro lado do quarto, só indicando pra minha infelicidade, que Seungmin estava tão ruim quanto qualquer outro e isso era um problema.
Seungmin era o mais responsável dentre nós quatro e podia a casa inteira estar ruim além dele, que tudo se mantinha nos eixos, agora, quando ele fazia parte dos doentes, a casa só faltava pegar fogo.
— Por favor, me diz que você não está de ressaca.
— Eu misturei... Eu misturei a bebida colorida com cerveja. – falou da forma mais dramática possível.
Nessa hora, eu só quis morrer, pularia da janela se ela não tivesse grade. Aquela era a decisão mais burra que podia se ter, nunca se mistura bebidas, ou vai acabar podre no outro dia.
Juntei toda a força do mundo e levantei, pois mesmo também estando de ressaca, eu sabia por conta própria que era mais leve que a dele, já que eu só me entupi da bebida de cor azul.
Abri apenas uma brecha da nossa cortina e Seung já parecia um vampiro, me xingando de todas as formas possíveis e cobrindo a cabeça.
Peguei o remédio duvidoso que o Felix sempre dividia com a gente e que curava nossa ressaca feito magia que ficava no guarda roupa e deixei na bancadinha próximo da cama alheia, não antes de pegar um pra mim.
— Vou trazer água pra você.
Disse por fim e saí do quarto, fechando a porta atrás de mim e caminhando até a cozinha, enchendo um copo com água e tomando a pílula mágica de providência suspeita.
Pego uma garrafinha e um balde, voltando para o quarto e deixando um ao lado do remédio e o outro no chão, rente ao colchão. Em casa valia tudo, menos vomitar em lugares difíceis de limpar.
Retorno pra fora do cômodo não antes de pegar outra muda de roupa e vou em direção ao banheiro. Uma coisa ruim dessa república, era haver apenas um desse na casa pra quatro pessoas, por sorte, nossos pais nos deram educação e sabíamos deixar o lugar limpo, cheiroso e sempre bem organizado.
Agradeço ao anjo que chegou antes de mim e já deixou a temperatura no gelado, facilitando a minha vida, então retiro a roupa que estava e tomo uma ducha não muito demorada, pois havia tomado banho depois de chegar da festa, só queria mesmo acordar e ver se aquela tontura sumia de uma vez. O álcool ele te humilha até mesmo depois do seu efeito.
Assim que termino, me seco e dou uma risadinha sincera ao ver algumas marquinhas vermelhas em meu pescoço e clavícula, ainda agradeço mentalmente por serem fracas, até amanhã já vão ter sumido. Visto a roupa e escovo os dentes, saindo do banheiro e indo pendurar a toalha em seu devido lugar, voltando a caminhar em passos lentos até a sala, encontrando Hyunjin acabado, porém não tanto, jogado no sofá enquanto mexia no celular.
— Bom dia, cachaceiro. O Lix saiu pra comprar algo pra gente comer. – comentou enquanto me sentava ao seu lado, concordando com a cabeça.
— Bom dia. Você está bem? Acho que pegamos pesado demais ontem. Seungmin não está se aguentando em pé. Acho incrível ele ser o mais responsável entre a gente, mas sempre me esqueço que é o mais novo de nós.
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Sempre no 23 !¡ minsung
FanfictionTodo dia, Jisung pegava ônibus pra voltar para casa e se sentia privilegiado por poder escolher entre o n° 15, 20 e 23, mesmo que (quase) sempre optasse pelo n°20. Ou Onde Minho amava pegar "seu" n°23, já que o motorista parava de frente ao portão...