Jisung*
Após me separar de Minho, caminho em direção ao bar montado num dos cantos da casa, entrando na pequena fila que tinha pra fazer algum pedido, movendo o corpo de levinho, acompanhando o ritmo da música, acenando pra pessoas que eu sequer sabia que me conheciam.
Chegando próximo da minha vez, sinto braços rodeando minha cintura, sorrindo por pensar ser o Lee, mas ao que encostam a cabeça em minhas costas, estranho o comportamento, já que o rapaz sempre encaixava o queixo em meu ombro.
Percebo que de onde eu estava, dava pra ver o banco onde o mais velho disse que ficaria e logo não demoro a ver o mesmo bem ali sentadinho.
Na mesma hora, retiro os braços da pessoa de meu corpo, olhando pra trás e vendo quem eu menos queria naquele momento, não poupando a vontade de revirar os olhos.
— Desde quando te dei liberdade pra me abraçar?
— Você sempre adorou meus abraços, Hannie! – Yeji falou (tentou) de forma fofa – Era todo meloso em me pedir pra ficar juntinho.
— Eu era mesmo, até você decidir colocar gaia na minha testa.
— Já pedi desculpas! Nem estamos mais juntos...
Volto a virar de costas, simplesmente não dando a mínima para o que a garota falava e até me sentindo aliviado, provando a mim mesmo que estava pronto e confiante pra embarcar numa nova relação, que estava mesmo apaixonado por Minho e que tudo era genuinamente verdadeiro.
Já era minha vez de pedir bebida, escolhendo drinks clássicos e básicos, indo para o outro lado do balcão improvisado e aguardando ser feito.
Yeji novamente parou de frente comigo, até me assustando de leve, colocando a mão no peito e pronto pra xingar três gerações da mais nova.
— Antes que comece, eu só queria dizer que sinto sua falta. – me interrompeu – Eu vi que aquele relacionamento não era pra mim, pois já tinha encontrado minha alma gêmea que é você! Não tem como desviar do destino. Veja, estou sempre usando as coisas que me deu!
— Tirando o colar, você roubou de mim no dia em que terminamos, eu não te dei nada. – comento ao que ela começa a exibir a camisa, anéis, brincos e o colar que usava, vendo a carranca se formar em seu rosto.
— Aceito!
— Aceita o que, maluca?
— O pedido. Eu vi o anel no seu quarto e eu aceito! – não escondo a leve surpresa, pois jurava que estava bem escondido.
— Você perdeu a sua vez. – suspiro pesadamente e completamente esgotado daquele papo, levando o olhar para onde o Lee estava e vejo que caminhava até a direção do bar, talvez eu estivesse demorando mais do que queria naquele papo – Escuta, Yeji. Você nunca foi louca assim, sempre foi uma pessoa incrível, talvez fosse só eu estando cego, mas te achava incrível, porém você vem se demonstrando uma péssima pessoa. Sério, me esquece, vai buscar a própria felicidade, de verdade mesmo. Eu não sinto nada por você mais, estou ficando com outra pessoa e estou muito bem, então indico fazer o mesmo.
— Não sente é? Isso é o que veremos.
Antes de contestar, sinto a garota se jogar em meus braços, grudando a boca junto da minha, deixando-me completamente perplexo, movendo as mãos e a empurrando pra longe no mesmo segundo.
— Está maluca? – falo um tanto desesperado, olhando ao redor e só vendo alguém indo embora da cena, nem precisando juntar muito pra saber quem era — PORRA YEJI, QUE MERDA!
Grito ao tentar sair e ter o pulso segurado por ela, assustando não só a menor, mas algumas pessoas ao redor, logo me soltando e correndo atrás do rapaz.
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Sempre no 23 !¡ minsung
FanficTodo dia, Jisung pegava ônibus pra voltar para casa e se sentia privilegiado por poder escolher entre o n° 15, 20 e 23, mesmo que (quase) sempre optasse pelo n°20. Ou Onde Minho amava pegar "seu" n°23, já que o motorista parava de frente ao portão...