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Não sei o que me ensurdece mais, os gritos e risos altos dos rapazes, ou o silêncio de Minho, que claramente já está um pouco alterado.

Meu coração quase erra todas as batidas, parece até que tomei um banho gelado e fiquei sóbrio na mesma hora, mas tudo cai por terra ao vê-lo rir e abaixar o olhar.

— Yes... – respondeu todo bobo, sorrindo de canto e levantando uma sobrancelha.

— Aiii caralho.

Respondo num tom relativamente engraçado, arrancando mais risadas e pondo a mão no peito, como se tivesse levado um tiro.

O jogo logo continua, tendo mais beijos, mais pegação e mais bebida sendo instalada em nosso sistema. Eu realmente me sentia um adolescente de novo, era uma sensação divertida e boa, fazia tempo que a alegria dominava meu mundo de forma tão genuína e pura, mesmo levada as circunstâncias.

Em determinado tempo, esquecemos que estamos jogando e o papo volta a alegrar. Por minhas contas, já se foram umas três garrafas (contando que estávamos na terceira e última da casa).

Mesmo percebendo que todos ali eram fortes com álcool, nenhum ser humano não capota com três vodkas, então Seung se levantou, dizendo que queria ir embora, já estava realmente tarde e mesmo morando ao lado, nossa casa não era grande o suficiente para abrigar todos, pois a intimidade ainda não havia chegado no ponto de dormimos na mesma cama. Não que eu não quisesse bem o Lee dormindo agarrado em minha pessoa, mas era só um passo pra futuros acontecimentos.

Seungmin deixa um tchau geral e vai indo para o portão acompanhado de Chan, pois Felix ainda estava ocupado demais se despedindo de Binnie, Hyunjin andava logo atrás com Jeongin, até mesmo ousando apoiar o braço no ombro do mais novo. E eu, bem, fui pra cozinha levar as coisas meio que cambaleando, dando tchau da mesma forma, já que o cômodo era vazado e apenas separado pelo balcão.

— Não vai me dar tchau?

Me assusto de leve com a voz ao meu lado, sorrindo de lado ao olhar o dono que eu já estava bem familiarizado.

— Você vai acabar me matando com esse seu tom.

— Meu tom? – perguntou enquanto se aproximava, enquanto fico estático e apoiado na bancada.

— Sim, você fala manso. Acredito que seja só pra conquistar as pessoas, porque no dia do ônibus você falou normal.

Dou uma risadinha toda estranha, sentindo o corpo mole, nem ligando que o rapaz se aproximava mais, ficando bem de frente ao meu rosto.

— Talvez eu esteja tentando te conquistar, está funcionando?

– Hmmm, talvez. Nunca se sabe.

Sussurrava já com o rosto rente ao dele, apoiando as mãos em sua cintura automaticamente, dando um aperto fraquinho ali.

— Queria te beijar, mas isso só fica acontecendo quando estamos bêbados...

O comentário me deu uma certa pontada, lembranças e lembranças passaram por minha cabeça, mesmo sabendo que não foi algo pra me atacar, mas se torna impossível não sentir um desconforto por escutar algo que na maioria das vezes lhe é dito como acusação.

Pisco lentamente e sorrio, não querendo transbordar o incômodo que acabo por sentir, negando com a cabeça e o trazendo para mais perto.

— Acho que devíamos aproveitar todas as oportunidades.

O vejo concordar com a cabeça e se inclinar com o corpo ainda mais, mantendo o sorrisinho de lado e apoiando as mãos na bancada, uma de cada lado de meu corpo.

Sempre no 23 !¡ minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora