Minho*
Andando em passos apressados, chegamos ao portão de casa no que pareceu uma eternidade, nem conseguia raciocinar com a ansiedade que me arrebentava por dentro.
O caminho foi mais silencioso do que o da ida e nem julgo, eu realmente não tinha o que falar, só conseguia manter a mão entrelaçada a dele e pensar que só aquele contato já estava fazendo meu corpo pegar fogo, não fui capaz de imaginar o que aconteceria quando fizesse do corpo alheio apenas meu.
Assim que abro, dou espaço para que o mais novo entrasse, respirando profundamente ao ponto de conseguir captar o fragrância do perfume alheio, o que era extremamente viciante.
Observo todos seus movimentos, desde o tirar do tênis até o colocar da garrafa na mesinha de centro. Agradecia aos céus por ele já conhecer os cômodos e não ter que fazer o bom samaritano de apresentar cada detalhe.
Retiro meu próprio calçado e ando em direção do outro, passeando as mãos em sua cintura e o trazendo para perto, colando suas costas em meu peito, aproveitando do momento e raspar o nariz pela curvatura de seu pescoço, sentindo seus pelinhos arrepiarem e o tremor de todo o corpo, agradecendo aos céus por tê-lo feito inclinar a cabeça para o lado.
Queria prensar aquela obra divina contra a parede o mais rápido possível e ao mesmo tempo aproveitar que era apenas para mim, sem os rapazes, o que ficava cada vez mais difícil de ter um momento assim e eu não seria louco de não fazer valer a pena.
Despejo selares por toda a derme, arrancando suspiros não apenas meus, o que me instigava a começar a trabalhar em leves mordidas, prendendo a pele macia entre os dentes e soltando lentamente, apertando mais a curvatura tão bem desenhada que minhas mãos se apropriavam.
— Porra, Minho. – a forma como xingava e o jeito que meu nome saiu de seus lábios, me fizera estremecer dos pés a cabeça, dando chance para que o rapaz se virasse de frente pra mim, tão vermelho e tão ansioso que nada mais além dele, fazia sentido – Não fica me temperando assim...
Antes mesmo de poder retrucar, tenho os lábios atacados numa foracidade nunca sentida e que agora seria motivo de saudade.
O beijo tão afoito e cheio de si, ficava cada vez mais quente, minhas mãos sentiram o poder de conhecer cada milímetro ainda coberto da perfeição que era Jisung, este que puxava meus fios com vontade, trazendo sempre meu corpo para mais perto do dele.
Numa iniciativa bagunçada, sem desgrudar a boca da alheia, vou o empurrando pelo corredor, batendo em alguns móveis e quadros, dando risadas genuínas em meio de cada beijo, mas nunca se afastando por completo.
Com muito custo, chego até meu quarto, o levando para dentro e fechando a porta atrás de mim, agradecendo aos céus por Seungmin ter esquecido a luminária acesa, ainda mais por ser de luz quente, deixando o clima do cômodo mais agradável e favorável ao que fazíamos ou estávamos prestes a fazer.
Quando nos separamos pela primeira vez em minutos, sinto a respiração tão ofegante quanto a minha, bater em meu rosto, puxando todo o ar que era mais do que necessário.
Passeio as mãos pelos botões de sua camisa, pedindo uma permissão singela e silenciosa, ganhando uma aceno da cabeça como resposta, então não demorando mais nada do que além daquilo para de abrir cada botão, rindo com o novo xingamento que recebo.
Assim que termino tal ato tão quanto torturante para mim mesmo, deslizo o tecido por seus braços e o deixar pairar pelo chão, sentindo as mãos gélidas do rapaz puxar a minha pra cima e fazendo o mesmo gesto.
Céus, não haviam palavras para descrever a beleza daquele homem, não tinha como alguém ser tão lindo e tão definido no aspecto perfeição e não só física. Jisung conseguia ser um combo de singularidades perfeitas que acabavam comigo a cada segundo.
O empurro levemente até que suas pernas encontrem o colchão e seu corpo se deitasse por cima dos lençóis, apoiando a mão ao lado de seu rosto e me acomodando entre suas pernas, o que gerou outro arfar tímido soltando pelo mais novo.
Deixo um selar em seus lábios e vou descendo até o pescoço e mesmo que mantendo um ritmo calmo, não perco a voracidade e vontade de lamber, chupar e morder cada pedaço daquele homem.
A palma livre se reencontrava com a cintura do rapaz, assim como minha boca ia descendo e descendo, trilhando um caminho de marquinhas fracas por onde passava, tendo os arfares e até mesmo alguns fracos gemidos como melodia e incentivo para continuar a descer.
Meu interior borbulhava ainda mais com forma que o outro me chamava ou puxava meus fios, arqueando o corpo em minha direção num pedido caloroso de dar-lhe todo o prazer do mundo e eu o faria.
Estava tão imerso, tão envolvido por Han Jisung que não escutei (ou não me importei) com as vozes aumentando ao decorrer que ia abrindo o zíper da calça alheia, até mesmo perdido nas expressões que este fazia.
O resultado de tanta perdição, foi um Hyunjin vindo até o quarto, gritando coisas que eu não entendia, abrindo a porta com uma força desconhecida até por mim e ligando a luz.
Minha primeira reação foi olhar para a cara daquele condenado e ficar ajoelhado na cama, levantando o tronco de cima do corpo alheio, já o reflexo de Jisung foi me virar um chute, diretamente no rosto, o que foi suficiente para que eu caísse do colchão, soltando um resmungo alto.
— Gente, que isso? – Hyunjin soltou após um silêncio extremamente vergonho – Posso participar?
— Não! Não ainda! – Sung foi mais rápido ao falar (lê-se gritar), se sentando na cama.
Não nego que a frase me gerou dúvidas em seu significado, mas acho que era conversa pra outra hora.
— Ah é? – o loiro levantou a sobrancelha e manteve a porta aberta ao sair de nossa vista – SEUNGMIN TÃO' TRASANDO NA SUA CAMA!
— O QUE?! – consegue escutar a voz do outro – MINHO EU TE DOU 10 SEGUNDOS PRA ARRUMAR TUDO E SAIR DAI!
Não contive a risada diante de toda aquela situação caótica, passando os dedos por minha bochecha que latejava um pouco, negando com a cabeça e me sentando no chão, levantando o olhar para o rapaz.
— Meu Deus, me desculpa! Me desculpa de verdade, foi muito sem querer!
Chegava a ser fofa a expressão de preocupação que o azulado fazia, se sentando em meu colo e beijando meu rosto diversas vezes, me arrancando ainda mais risos.
— Já entendi que nunca devo arranjar briga com você. – apoio as mãos em sua cintura e deixo um beijinho em seus lábios, mesmo rindo dos olhos arregalados que ainda se mantinha na face do rapaz – Mas precisamos descer, Seung vai me matar. Temos a regra de não transar no quarto sem antes avisar e bem, eu meio que não avisei.
Jisung ainda mantinha o rosto avermelhado, mas sem sair de meu colo, colocou novamente a camisa e o ajudei a fechar os botões, logo trazendo a minha para perto e a colocando.
Nos "arrumamos" mais um pouco e quando sentimos que tudo estava estava ordem, especialmente nossas calças, saímos do quarto.
— Eu ainda vou te ter só pra mim. – falei bem baixinho, quase como um segredo.
— E eu estou ansioso pra isso.
Sorrio todo besta e fecho a porta do quarto, andando até os meninos que incrivelmente estavam todos presentes e a onda de gritos começava.
— Podem me odiar mas salvei a vida de vocês! Imagina se tivessem transando e a gente aqui escutando tudo?! – Hyun se defendeu. Falso.
— Vocês não estavam lá em casa? – escuto Jisung perguntar.
— A gente estava, mas decidimos ficar aqui por ser mais quente, daí Hyunjin hyung foi até o quarto pegar cobertores para colocar aqui na sala. – Jeongin pronunciou.
— Estraga prazeres.
Resmungo por fim e uma nova gritaria se iniciava, ainda mais por Seungmin que me ameaçava de todos os jeitos e qualidades possíveis.
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Sempre no 23 !¡ minsung
FanfictionTodo dia, Jisung pegava ônibus pra voltar para casa e se sentia privilegiado por poder escolher entre o n° 15, 20 e 23, mesmo que (quase) sempre optasse pelo n°20. Ou Onde Minho amava pegar "seu" n°23, já que o motorista parava de frente ao portão...