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Jisung*

— VOCÊ FEZ O QUE? – grito na direção de Chan, arregalando os olhos e levantando da cadeira no mesmo segundo.

— Calma, não surta, a gente consegue dar um jeito. É só um jantar.

— Hyung, a gente não tem nem o que comer e nem forças pra preparar algo, o Binnie tá caído no sofá desde que a gente chegou de madrugada.

Chan apenas levantou uma sobrancelha e foi o suficiente pra que eu me sentasse de novo, pedindo desculpas pelo tom de voz e terminando meu pãozinho na paz do senhor (surtando por dentro).

— Eu vou ao mercado rapidinho e compro algumas coisas, o Innie que não bebeu tanto, disse que me ajuda a cozinhar e você vai ajudando o Chang a se recompor, estamos entendidos? – fico em silêncio e balanço a cabeca em concordância – Eu não ouvi, Jisung. Estamos entendidos?

— Estamos, hyung...

— Hm, acho bom. Estou saindo.

Ditou e realmente saiu de casa. Odiava quando ele se portava com o mais velho, até brincava (ou não) que o Channie aliviava meus daddy issues e o via como figura partena.

Suspiro cansado e vou até o outro cômodo, levando água e remédio, acordando Binnie com cuidado e calma, agradecendo aos céus por perceber que o touro em formato de gente, não estava com ressaca brava.

Ele acorda meio atordoado, explico com calma tudo do dia, o dando remédio e logo o acompanhando até o banheiro para que tomasse banho e como sou um ótimo amigo, deixo uma muda de roupa já preparada em sua cama. Aproveito que já estava por lá e fico fofocando com Innie, surtando de leve por tudo que poderia acontecer, este que por sua vez, tenta me acalmar.

Quando o outro rapaz saiu do banho, mostrei as roupas separadas, agora ficando nós três resmungando do jantar num domingo, mas nenhum louco o suficiente pra contestar as ideias do Bang.

De tarde pra noite, ficamos organizando a casa e ajudando na cozinha, quando o horário se aproxima do que foi marcado, subo para o quarto pra me arrumar de forma relativamente apresentável, faltando apenas eu para que todos estivessem devidamente arrumados e com a comida na mesa.

Não havia sido nada demais, apenas arroz, lasanha (muito bem recheada, por sinal) e salada. Estava chique e simples, ao mesmo tempo.

Assim que o mais velho sai para abrir o portão, sinto minhas pernas fraquejarem mais uma vez, começando a chorar as pitangas para Binnie.

Vou ouvindo as vozes e penso milhares de vezes em sair correndo, me esconder em algum canto da casa e não ter que passar por aquela situação.

Fico sem jeito até em saber que posição ficar, como me sentar ou se devo ir até eles na intenção de já puxar uma conversa como se nada estivesse acontecendo.

Sei que no final não fiz nada, me mantive concentrado em lavar uma unidade de faca que tinha sobrado na pia.

Como nossa mesa de jantar era na cozinha, não demoro muito para ouvir as vozes aumentando, suspirando baixo e me virando de frente para a multidão de homem, me encostando na pia.

— Bom gente, sintam-se em casa, aqui é nossa mesa, espero que gostem. É simples, nada demais.

Escuto Binnie falar para todos, mesmo que seu olhar fique mais pregado num loirinho de sardas, que também o encarava descaradamente, sorrindo de canto e concordando com a cabeça. Boiola?

Meu olhar passeia por todos ali, que já estão se arrumando nas cadeiras, estava até gostando de ver como o papo fluía bem, observando como Innie estava num papo tão alegre com outro moço que parecia ser bem novinho também.

Sempre no 23 !¡ minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora