Selyna

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Era cômico e espantoso como o tempo passava rápido

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Era cômico e espantoso como o tempo passava rápido. Minha gestação estava avançada, e eu me sentia como uma baleia. Meu rosto estava redondinho. Assim como minha barriga de sete meses. O bebê agora estava se movimentando com mais perfeição, e para o meu desgosto, era quando ouvia a voz de minha mãe. Vez ou outra, ele mexia para Amy, Stefan e Janja.

Simone e sua falta de memoria já não me assustavam mais. Nós brigávamos muito. Nada destruidor. Não tinha muito a ser destruído. Nos finais de semana, ela ficava em meu apartamento, e quando via César, não falava comigo. De jeito nenhum. Apenas conversava com o bebê, depois se trancava no quarto. Devido à gravidez, precisei ficar afastada do FBI, analisava algumas fixas em casa. Também viajava muito para Londres ou Washington.

Em Washington tive uma crise de ciúmes de Simone. Ela queria me castigar por ter César como amigo, e resolveu jantar com uma assistente da Casa Branca. Por muito pouco não me juntei a um grupo terrorista para acabar com meio mundo. O estresse foi tão alto, que dei entrada no hospital. Por sorte, não foi nada grave.

- Você precisa ficar calma, Soraya. - Paola arrumou o sapato em meu pé. O médico havia me dado alta. Já não aguentava mais aquela batalha de exames, para no final dar o mesmo resultado. Eu sabia, mas eles queriam confirmar se o bebê estava bem. - Simone está chegando.

- Simone é uma vaca! - a vontade de chorar estava voltando. - Não quero vê-la.

Paola deu um sorriso confuso, e me ajudou a caminhar tranquilamente. A impedi de avisar meus pais, minha mãe entraria em pânico. Simone seguia me magoando, tudo em nome do ciúmes. Eu tentava de todas as formas explicar a ela que eu a amava, mas como tudo tem um limite, aquele era o meu.

Estava tão frio. Senti meus órgãos congelando. Entrei no carro rapidamente, e levei um susto. Lá estava ela. Com sua cara deslavada. O motorista ligou o carro, esperei Paola, mas ela seguiu em outro carro. A porta se fechou, deixei a exclamação de desgosto no ar.

- Soraya. - Simone tomou minhas mãos entre as suas.

- Me poupe de escutá-la. Quero ir para Manhattan, agradeceria se me deixasse no aeroporto. - sentei o mais longe que consegui. Mas não era o suficiente, não pra Simone Tebet.

- Sei que fui idiota.

- Ah, sabe? - blasfemei de maneira atroz. - É claro que sabe. Não se encoste a mim! - o controle de minha raiva, havia escapado de minhas mãos.

- Eu juro pelas crianças que não a trai, Soraya. - tentou mais uma vez se aproximar. - Marquei o jantar para te deixar com ciúmes, pensei que não me amasse mais. Você está tão mudada. - o cheiro de álcool pairou no ar. Simone estava embriagada.

- Cale-se! - soquei-a nos ombros. - Maldita hora em que fui te conhecer...

Ela baixou a cabeça, manchando a calça com as gotículas de lágrimas.

Too Close | Simone & SorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora