Too Close | Simone & Soraya

Favores

Após esse capítulo irei focar no "relacionamento" de Simone e Soraya.
Vai dar bom... ou não. Hihihi

"When you know that your time has come around, you know you'll be prepared for it. Say your last goodbyes to everyone.. Drink and say a prayer for it. "
Dance Of Death - Iron Maiden.

Adiantei minha volta pra casa. Minha mãe virou a fúria em pessoa quando soube da minha decisão um tanto precipitada, em seu modo de ver. Durante todo o voo passei a lista dos convidados do jantar beneficente a limpo. E todos os nomes ali, eram de fato dos convidados que eu conhecia e já ouvi falar. Simone deveria abandonar o crime e entrar pra polícia. Janja me esperava na sala de desembarque com Gleisi e um buquê de flores. Automaticamente meu nariz coçou, eu era alérgica a flores, rosas... Mas o que valia era a intenção de ambas. Aproximei-me, abraçando-as.

- Bem vinda de volta, Soso! - Janja jogou as flores em meus braços.

- Cadê o seu noivo? - Gleisi puxou as flores dos meus braços, ao passarmos por uma lixeira, ela as jogou sem hesitar. Agradeci mentalmente.

- Que noivo? - perguntei, estranhando.

- Sua mãe é maluca pra cacete, So. Eu achei que você viria acompanhada de um milionário.

- Ela bem que tentou, Janja.

Sorrimos.

- Você ficou linda naquele jantar beneficente, Soso.

- O que? Como? - fiz um gesto esquisito com as mãos, mas Gleisi não ligou.

- Sua mãe é famosa, e é também uma inquilina da família real.

- Merda! - xinguei.

- Não esquenta. Usamos todas as revistas como papel higiênico, limpamos a bunda com elas. - Disse Janja, colocando os óculos de sol.

- Gleisi?! - eu estava pasmada.

- É libertador, detetive Thronicke. Tente.

- Vão se foder.

Xxx

Meu novo lar era um tanto... Estranho! Deus! Janja era a pessoa mais louca do mundo. O apartamento era grande. Eu odiava morar em lugares assim. Era exagerado demais, e desproporcional, pelo menos para mim. A sala era espaçosa, com seis poltronas pretas. Havia muitas luminárias e duas janelas em forma de losangos, através delas era possível visualizar as luzes de vários pontos da cidade. Meu quarto era bem espaçoso, com um closet enorme, sem contar o banheiro. Dois quartos de hóspedes completava aquele apartamento luxuoso. Deusdete apareceu no corredor segurando uma bolinha azul entre os dentes. Sorri pra ela e fui conhecer os outros locais.

- Eu vou te matar, Janja. - esfreguei as mãos no rosto.

- Mate seu pai! - ela virou mais vinho em nossas taças.

- O que você quer dizer?

- Presentinho dele. - Gleisi bateu a mão no meu braço.

- Puta merda! Não acredito, eu não posso ficar com isso. - apontei o dedo em volta. - Odeio lugares luxuosos demais. Eu só queria um cantinho mais simples. Com licença, irei ligar para meu pai.

- Ei. Ei... - Janja forçou as mãos em meus ombros. - Ele disse que você iria recusar, mas pense, aqui você tem segurança, Soso.

- Isso não importa mais. Ela me encontrou, deu o recado do infeliz do chefe dela. Depois transamos. Agora será que eu posso ter o meu conforto de volta? - soltei tudo de forma irônica.

- Você transou com... - Gleisi não conseguiu terminar de falar, tudo o que fez foi olhar Janja, que a olhou também.

- Soraya você é gay?