Soraya Thronicke é uma detetive do FBI. Sua vida se baseia em seu trabalho que, acaba usufruindo grande parte de seu tempo. Ela não era uma pessoa paciente, e não procurava ser. Era considerada uma mulher de fibra e marcada por seu forte temperament...
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- Bom dia querida.
- Bom dia Ilda. - eu disse, beijando a cabeça das crianças. - E Simone?
- Saiu mais cedo. - levantou a frigideira no alto. - Panquecas?
- Obrigada. - voltei para o quarto, e consultei as horas. Sexta-Feira, entraríamos mais tarde no distrito. Simone também mudaria isso? Droga!
Tomei um banho demorado, se ela fosse me punir por chegar "atrasada'', não me importaria. Escolhi minha roupa detalhadamente. Um macacão preto longo, com um cinto dourado. Contemplei cada curva de meu corpo diante do espelho. Dez meses se passaram desde a chegada de Sely, e meu corpo voltava ao normal mais rápido que o previsto.
Deixei os cabelos lisos, apliquei uma maquiagem tênue, e calcei os saltos. Teríamos uma reunião importante com alguns oficiais e o prefeito.
- Você está bonita, Yaya. - Stefan elogiou ao entrar no quarto, segurando uma muleta. Crianças não mentem, certo?
- Obrigada, meu amor. - dei uma borrifada de perfume. - Estou cheirosa? - Esperei seu nariz tocar meu pescoço.
Stefan deu risada.
- E então?
- Está! - ele sorriu, com os olhos de Simone. Senti saudades dela no mesmo instante.
- Beleza. - puxei a bolsa. - Já que você aprovou meu look, preciso ir trabalhar.
Caminhamos para a sala de mãos dadas.
- Você não tomou seu café. Não sente fome? - ele fez uma carinha de dúvidas, e preocupação.
- Comerei alguma coisa no distrito. - enchi-o de beijos, fazendo Sely abrir os olhões, curiosa. - Você cuidará da casa, e das duas? - apontei para Selyna e mamãe.
- Duhh! Yeah. - fez legal com a mãozinha.
- Muito bem. Eu amo você, Stefan.
Ele sorriu, corando o rosto.
- Você está tão elegante, querida.
- Obrigada, mamãe. - agradeci-a com um beijinho no rosto, e por último apertei as bochechas de Sely, ela odiava tal gesto. - Você é tão fofa. Eu amo você também! - soltei-a. - Simone e eu procuraremos uma babá.
- Não é preciso. Poderei cuidar dos dois. Seu pai e eu estamos pensando em nos mudar para cá.
Mordi o lábio, para disfarçar meu espanto.
- E o Ateliê de Londres?
- Oras, permanecerá funcionando. Tenho muitos funcionários, Soraya. - mostrou-me um sorriso ligeiro. - Abrirei outro em Manhattan. Tenho estruturas para isso e muito mais. - exibiu-se.
- Certo, mãe. - me despedi mais uma vez. - Conversaremos sobre isso mais tarde. Crianças se cuidem.
