caminho do destino

Capítulo 12 : Perfeito

Daryl não podia acreditar na rapidez com que seu filho estava crescendo, como quando ele nasceu ele era pequeno e indefeso, ele não conseguia levantar a cabeça. Daryl nunca teve bebês ou crianças em sua vida antes, ele não tinha experiência com eles e era o oposto do que um ômega deveria ser de qualquer maneira. Ele passou o primeiro dia estressado ao máximo enquanto todos vinham ver o mais novo membro de seu pequeno bando. Foi no final daquele dia, porém, quando Daryl colocou o cachorrinho em seu berço temporário que sentiu um estresse diferente. O estresse de “o que diabos estou fazendo”.

  Eles estavam hospedados na casa da fazenda com os Greene porque, como disse Hershal, estava muito frio para uma criança tão pequena na tenda de Daryl à noite. Daryl ainda se sentia culpado, culpado pelo choro de um bebê faminto ou desconfortável que chamava durante a noite. Ele estava paranóico pensando que isso arruinaria tudo para todos.

  Especialmente quando a pequena Judith nasceu. Dois bebezinhos, com alguns meses de diferença. Dois bebezinhos e um com dois alfas em guerra.

  Shane e Rick.

  O último estava tentando ficar de fora, tentando ficar para trás, mas Lori o reivindicou como o pai legítimo de seu filhote, embora seu cheiro contasse outra história. Aconteceu antes de muitos no velho mundo, um companheiro traindo e o cheiro do filhote contava facilmente a história. Alguns alfas os aceitaram, outros não. Mas Rick era um bom homem, um bom alfa. O cachorrinho não era dele e ainda assim ele segurou a garotinha em seus braços com reverência, deixando os dedinhos minúsculos se fecharem ao redor do seu grande, acariciando seu nariz perto do cabelo macio e felpudo.

  Daryl se via frequentemente observando o alfa com seu filhotinho - porque ela era dele por todos, exceto pelo sangue - e muitas vezes pensava em Paul enquanto ele segurava Ben em seus braços. Paul estava tão animado para ser pai, tinha sido o melhor mês da vida de Daryl, observando a nova vida que havia sido soprada em seu companheiro com o pensamento de estender sua pequena família.

  Ainda à noite, Daryl fechava os olhos e imaginava Ben e Paul juntos. Rick era um bom pai e um bom alfa, mas Paul seria melhor. Ele não iria segurar qualquer tempo ou amor. Ele ensinaria ao filho tudo ao seu alcance, passaria seu tempo com ele, se divertiria com ele.

  Mas Paul não estava lá. Paul provavelmente nunca conheceria seu filho porque as chances eram de que ele estivesse morto e, mesmo que estivesse vivo, havia pouca ou nenhuma chance de os dois se cruzarem novamente. Embora Daryl nunca tenha gostado de pensar na morte de Paul, ele era um mestre de artes marciais, praticamente um ninja, ele era inteligente e Daryl o ensinou anos atrás como caçar e rastrear, quais plantas eram boas para quê e quais evitar. Paul seria mais adequado para este mundo do que Daryl.

  Mesmo através de seu desejo desesperado e alfinetando por sua companheira, Daryl não pôde deixar de se sentir feliz. Ele tinha Ben, a coisa mais perfeita do mundo e uma família maior agora do que nunca.

Carol o ajudava com seu filhote, aconselhando-o sobre qualquer problema que surgisse ou qualquer coisa que o preocupasse ou deixasse nervoso. E havia muito. Porque Ben era um bebê. Ben era um bebê e os bebês dependem completamente de sua mãe ou pai omega. Dependência completa. Às vezes, era muito difícil olhar para ele e perceber o quão indefeso ele era.

  Mas ele tinha Carol. Ele também tinha Sophia e Beth, as meninas adoravam abraçar Ben, para cuidar dele. Logo depois que Ben completou três meses, Daryl se convenceu a deixar seu bebê com os dois por algumas horas enquanto ele ia caçar. Passaram-se meses e meses e ele agora estava se sentindo mais do que um pouco culpado por todos os problemas que causou ao não dar nada em troca.

  Naquele dia, ele estava em alerta máximo, querendo fazer tudo e tirar o pó para voltar para Ben. Aquele alerta máximo o ajudou a pegar um cervo para que ele não pudesse reclamar, trazendo sua morte de volta ao acampamento apenas para encontrar Rick e Shane no meio de uma briga completa.

  Agora Daryl não era um ômega pequeno, de forma alguma ele era delicado. Ele havia interrompido brigas entre Merle e outros alfas em muitas ocasiões, então não hesitou em se meter no meio dos dois agora - especialmente quando não tinha mais que proteger seu estômago.

  Tanto Rick quanto Shane rosnaram para ele enquanto ele se enfiava entre eles, embora quando Daryl rosnou de volta, Rick recuou. A exibição, tão atípica para um ômega, pareceu enfurecer Shane ainda mais, o alfa rosnando novamente e mostrando os dentes à mostra. Foi uma exibição patética de domínio que não fez nada para Daryl.

  “Você precisa aprender a porra do seu ômega,” Shane rosnou, ficando no espaço de Daryl, pressionando suas testas juntas.

  Daryl pressionou de volta, rosnando da maneira que seu pai e irmão alfa haviam ensinado. Isso foi até que T-Dog e Rick os separaram. Shane continuou a postura, mas Daryl não estava preocupado, ele só queria voltar para seu filho. Dane-se o alfa e sua preciosa alcateia.

  O ômega acenou com a mão desdenhosa para o alfa e rosnou: “deixa pra lá, seu idiota de merda. O azeite é companheiro do oficial Friendly, o filhote pertence a ele por direito.

  “Fique fora disso, ômega. Você não passa de uma prostituta imunda, você e seu bastardinho sujo me enojam,” Shane cuspiu, mas Daryl apenas riu.

  "E o que diabos faz você pensar que ele é um bastardo, então?" Daryl sorriu.

  “O fato de que ninguém em sã consciência acasalaria com um ômega fodido como você,” Shane rosnou.

  “Bem, você está errado,” Daryl respondeu, puxando sua camisa de lado para expor sua marca antes de se virar e abrir caminho através da multidão de pessoas reunidas e fazer o seu caminho para onde viu Beth parada, Ben equilibrado em seu quadril.

  O filhote soltou um gorgolejo feliz ao ver seu pai, as mãozinhas se estendendo em movimentos descoordenados. Daryl o pegou e aninhou o nariz no cabelo macio de seu filho, respirando seu perfume. Afastando-se, ele olhou para os enormes olhos azuis que olhavam inocentemente para ele. Shane poderia dizer o que quisesse sobre Daryl e Ben, mas a verdade era que seu filho era perfeito.