Capítulo 26 : Queda da Prisão

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Merle voltou e avisou a todos que o governador estava voltando. O rude alfa esteve ausente por semanas, certo de que o homem que eles derrotaram há mais de um ano não havia partido. Rick e a maioria dos outros estavam céticos e, de sua parte, Daryl só queria esquecer o homem que chegara tão perto de estuprá-lo.

  Ele contou a Paul sobre o que aconteceu depois que Daryl teve um pesadelo com o governador. O alfa foi uma das principais pessoas que pressionou por uma força para derrubar o lote de Woodbury. Eles derrubaram as paredes, acolheram todos que queriam uma saída. No caos, porém, o governador e alguns outros escaparam.

  Merle ficou paranóico desde então, saindo a cada poucas semanas em busca. Ele tinha ido embora por duas semanas quando voltou. Ben cambaleou direto até ele e o cumprimentou com um balbucio que era apenas meio sons de bebê, meio palavras. Depois de cumprimentar seu sobrinho, o alfa veio dizer a eles que havia encontrado o governador, alguém com um novo povo atrás dele.

  Nenhum deles havia pensado que ele era uma ameaça tão imediata, certamente não alguém com um tanque. Ele parou depois de enviar um caminhão cheio de caminhantes, veio com Hershal e Michonne amarrados nos joelhos.

  Depois que Hershal perdeu a cabeça, Daryl instantaneamente puxou Beth para longe de onde eles estavam agachados ao lado de Paul. Ele pegou o rosto encharcado de lágrimas em suas mãos e a enviou para encontrar Ben, para se certificar de que ele estava seguro e pronto para ir quando eles precisassem sair.

  Então o tanque rolou. Tiros soaram, misturando-se com os gemidos dos caminhantes e gritos das pessoas. O tanque abriu grandes buracos nas cercas e nas paredes da prisão. Não havia chance de que eles pudessem ficar agora, não com os danos e os mortos-vivos por toda parte.

  Havia um ônibus saindo, já cheio com a maior parte da prisão e Daryl só esperava que eles chegassem a tempo. Paul já havia tentado colocar Daryl nisso por causa do filhote em sua barriga, mas ele desligou rapidamente, o alfa se desculpando por seu passo em falso.

  Agora, porém, havia fogo e pó de entulho por toda parte, pedaços de tijolo voando de onde as balas impactavam. Paul e Daryl ficaram à vista um do outro, nenhum deles disposto a deixar o outro ficar desprotegido.

  O tanque estava se aproximando cada vez mais, a explosão de um volume quase insuportável. Essa foi a oportunidade que Daryl aproveitou, usando um andador como escudo humano e puxando o pino de uma granada de mão.

  Foi só quando o tanque estourou que Paul se virou e percebeu o que havia feito. O alfa correu em sua direção, agarrando-o em seus braços enquanto o homem que dirigia os tanques caiu no chão com uma flecha enterrada em seu peito.

  "Você está certo?" Paul perguntou, sua mão livre subindo para segurar o queixo de Daryl.

  “Sim, estou bem, vamos, precisamos ir para aquele ônibus,” Daryl respondeu, inclinando-se para beijar sua companheira nos lábios.

  "Tudo bem, vá buscar Ben e Beth, estarei aqui", disse Paul.

  Daryl apertou a mão de Paul quando eles se separaram, o homem ômega correndo em direção à prisão. Demorou mais do que ele gostaria, tendo que parar para se esconder atrás de grandes pedaços de parede, longe da chuva de balas. Quando ele finalmente entrou em uma parte inteira do prédio, ele se deparou com seu irmão.

"Merle, o que você está fazendo?" Daryl rosnou, puxando o braço do outro para fazê-lo correr na direção certa.

  “Te achando idiota,” o mais velho rosnou, seguindo Daryl.

  “Bete!” Daryl gritou quando o par de Dixon derrapou na sala comunal principal.

  Ali, encolhidos nos assentos, estavam Beth e Ben. Ao vê-los, Ben se desvencilhou do aperto de sua tia e correu desajeitadamente para seu pai. Daryl rapidamente o agarrou, puxando-o para perto e embalando a criança obviamente perturbada.

  “Hora de ir, Beth,” Daryl disse a ela, já se virando com Merle para sair.

  Juntos, os três correram, desviando do caminhante perdido que já havia se aventurado na prisão. Em seus braços, Ben se encolheu, apavorado, agarrado à camisa de Daryl com os punhos rechonchudos.

  “Sush baby, tem que ficar quieto agora,” Daryl arrulhou enquanto corriam.

  Quanto mais perto eles chegavam de onde estavam encontrando Paul, mais alto o som de balas e gritos ficavam e mais forte o cheiro de fumaça. Ben choramingou contra a pele de seu pescoço e odiou isso. Isso o fez querer rastejar para fora de sua própria pele.

  Quanto mais perto eles chegavam, mais frenético ele ficava, precisando ver seu companheiro, certificar-se de que ele ainda estava bem. Ele havia deixado Paul sem cobertura em uma zona de guerra literal.

  Então eles viraram a esquina de um pedaço de parede, poeira de entulho e fumaça nublando sua visão. Não importava, porque lá estava ele. Paul estava lá, com a arma apontada, derrubando outro caminhante.

  Se não fosse uma situação tão terrível, Daryl teria sido capaz de aproveitar o momento e apreciar o quão gostoso era seu companheiro. Lá com seus longos cabelos presos para trás, determinação em seus olhos e confiança em cada movimento seu. Ele definitivamente deixaria Paul saber o que ele pensava dele lutando mais tarde. Se eles conseguiram sair disso.

  "Paul!" ele gritou, "hora de ir!"

  "Tudo bem!" o alfa gritou sem perder o ritmo.

  “Daryl, venha aqui, espere,” Merle rosnou, puxando Daryl e Ben de volta para trás dos escombros.

  "Você está bem Beth?" Daryl perguntou.

  O jovem ômega assentiu, olhos arregalados, lábios pressionados. Com o quanto ela se tornou mais corajosa, como arma experiente e pronta para a batalha, era fácil esquecer quantos anos ela realmente tinha.

  Com um aceno de cabeça, Daryl enfiou a cabeça por trás dos escombros bem a tempo de ver a bala, de ver o sangue jorrar pelo chão. Bem a tempo de ver sua companheira cair no chão e ouvir o impacto que seu corpo causou.

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