frágil,
como se o tutano dos meus sórdidos, cementados ossos tornasse contra mim.intangível,
como o chumbado toque de tantas mãos vazias e sem rumo.inefável,
como milhões de textos rubros correndo de cortes em lábios incautos.miserável,
como um rio de risadas ecoando por passarelas e arcos dourados.diz-me, musa,
quanto tempo se passará antes que o segundo se torne incontável?diz-me, musa,
quantos passos daremos antes que o caminho se mostre encontrável?diz-me, musa.
diz-me em que prateleira devo buscar o sentido que nunca guardei como meu?diz-me, por favor,
em quantos sorrisos e afagos e punhos cerrados eu devo buscar o amor que ninguém nunca me prometeu?