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— Deveríamos voltar — Ele falou, segurando minhas coxas, tirando elas do seu enlace, me fazendo ficar de pé no chão, dentro do mar

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— Deveríamos voltar — Ele falou, segurando minhas coxas, tirando elas do seu enlace, me fazendo ficar de pé no chão, dentro do mar. A água estava quentinha, uma delícia. E o mar estava calmo, as ondas que passavam por nós eram pequenas. Estava tão tranquilo que em nenhum momento lembrei que estávamos em mar aberto, apenas agora.

Por que? — Perguntei — Não foi bom? — Aquele beijo estava bom, muito bom. Por que ele parou? Eu não babei ele, nem pareci querer devora-ló com a língua. Meu primeiro beijo foi uma merda, sei bem oque é um beijo ruim. E isso aqui não foi ruim.

— Foi. Mas deveríamos voltar. Já está tarde, tenho coisas pra fazer amanhã cedo — Ele respondeu e eu não questionei.

Ok, pode ter sido uma merda.

Minha experiência com beijos se resume a quatro bocas diferentes. Esse homem aqui deve ter beijado mais que dez, e provavelmente esse beijo não foi o melhor que recebeu. Mesmo que pra mim tenha sido. Voltei a ser uma pré-adolescente? Terei que testar beijo em um cubo de gelo? Ou pior, em uma laranja?

(...)

Saímos da água e fui até meu vestido, pegando-o para vesti-lo e devolver a camisa dele. Mas parei oque fazia, quando ele mandou eu continuar vestida com sua camisa.

Pode ficar com ela, ficou bom em você. — Ele falou e eu olhei para ele. Não segurei meus olhos quando eles desceram por seu corpo, querendo admirar todas aquelas tatuagens no corpo molhado e iluminado pela lua. Um grande pedaço de mal caminho, grande mesmo.

Sempre tive em mente que homens são obras diabólicas colocadas no mundo. Maioria são uns merdas, mas sempre tem algo que os fazem serem gostosos. E meio que esse algo nos faz esquecer o como eles podem ser uns merdas. Sempre é assim.

Pisquei algumas vezes quando percebi que havia um volume em sua calça... A calça molhada evidenciou tanto aquilo que eu salivei só de ver. Esse beijo realmente foi ruim?

Subi os olhos novamente quando o loiro voltou a falar comigo.

Mas troca ela pelo vestido, se não quiser ser assediada lá na festa. Vejo você por ai, ruivinha — Foi a última coisa que ele falou antes de dar as costas a mim e sair andando.

— Não vai voltar para a festa? — Perguntei, mas ele nem se deu o trabalho de responder.

(...)

Fiquei alguns minutos na areia da praia, sentada e olhando o loiro sumir entre os carros e as pessoas na orla. Oque diabos acabou de acontecer? Nós nos beijamos e ele foi embora? Foi tão ruim assim? Não pareceu ruim para mim, não mesmo.

A teoria de obra diabólica continua de pé. Tivemos um bom papo, um bom beijo e oque ele fez? Foi embora. Sendo um gostoso e um merda.

Levantei, sem me importar de estar agora toda suja de areia. Abracei meu vestido e corri até a casa, minha casa. Que ainda estava lotada. A festa parecia estar começando agora, pois a animação estava absurda.

Domada Inglaterra - VINNIE HACKEROnde histórias criam vida. Descubra agora