Attention

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— Uma criança consegue ser menos criança que você — Falei, enquanto observava Vincent incrédulo com seu queixo sangrando

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Uma criança consegue ser menos criança que você — Falei, enquanto observava Vincent incrédulo com seu queixo sangrando. — Fique quieto, ok? Vou pegar algodão para limpar isso aí direito — Ele não fez sinal de concordância, mas também não moveu-se daquela banheira. Apenas ficou quieto.

Sai do banheiro, e fui até a escrivaninha em meu quarto. Havia algodão no meu kit de unhas, não era a opção mais higiênica, mas era a disponível. Peguei o algodão e aproveitei para pegar um dos meus bandaid, voltando para o banheiro em seguida.

(...)

— Ai... porraaa — O loiro reclamava enquanto eu passava o algodão molhado no corte em seu queixo.

O efeito do álcool está passando, por isso doi tanto

— Suas mãos não deveriam ser leves? Caramba, parece um cavalo metendo a pata em mim

— Não me faça enfiar esse algodão no seu queixo — Apontei o algodão na altura dos olhos dele e ele sorriu, contente em ter me tirado a paciência. — Tome seu banho, tem toalhas novas naquele armário — Apontei para o armário dentro do banheiro.

Espera — O loiro me chamou quando levantei para sair daquele banheiro. Vincent estava completamente molhado, seus cabelos até estavam escuros pela umidade, e o sangue havia sujado seu pescoço. Não que eu desejasse mal a ele, mas aquele sangue escorrendo em seu pescoço estava o deixando tão atraente... — Você não vai me dar banho?

— Te dar banho? Você é um homem adulto e completamente capaz de fazer isso sozinho — Pisquei o olho direito para ele.

Capaz? Estou bebado, Love! — Seu tom foi tão sério, como se estivesse se defendendo de uma acusação.

Você não está tão bebado assim, Vincent. Não está enrolando pra falar, e não vai precisar ficar em pé para manter o equilíbrio

— Está vendo aquelas rosas vermelhas caindo lá fora? — Ele perguntou e apontou para a janela de vidro do banheiro. Era uma grande janela que dava visão para o terreno por trás da casa. Olhei para a janela, mas não havia rosas nenhuma...

Isso é chuva.

— Não, não. São rosas, olha lá — Ele apontou novamente para a janela. — Ou é chuva? — Estava chovendo, e por causa de algum refletor lá fora, os pingos de chuva ficavam visíveis.

— É óbvio que é chuva, Vincent.

— Está vendo? Estou bebado pra caralho! Estou até trocando chuva por flores — Ele murmurou, deitando a cabeça na borda da banheira e fechando os olhos. E eu logo entendi seu joguinho de encenação, sorrindo com aquilo.

Domada Inglaterra - VINNIE HACKEROnde histórias criam vida. Descubra agora