Love Moritz enxergava a vida da realeza como uma prisão que foi enfiada sem escolha. Ela queria viver independente, sem ser prisioneira de um título. Mesmo tendo tudo aos seus pés, ela preferia não ter nada.
Por outro lado, Vincent Hacker era apenas...
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— Porra, porra! Seu idiota! — Ele gritava e batia em algo. Eu escutava os murros que ele dava em alguma coisa, com muita força.
Caminhei em direção a porta e Bryana correu atrás de mim. Coloquei a cabeça pra fora, observando o corredor, não havia ninguém. Me assustei quando um fone foi arremessado no corredor, de dentro de um dos quartos. Não sei se era o quarto dos outros dois, muito menos quem estava lá. Mas sai do quarto do Vincent, para conferir.
Quase levei um livrada na cara quando cheguei na frente do quarto, sorte que meu reflexo estava em dia e eu desviei. Era o garoto platinado... o quarto estava um caos, ele estava bagunçando tudo. Jogando no chão, nas paredes, batendo nas coisas...
— Ei — Chamei, mas ele não parecia ter escutado.
— Eiii! — Bryana gritou, ganhando a atenção do garoto. Me assustei quando ele virou de frente para a porta, me deixando ver de cima a baixo, a situação precária que ele estava. Seu uniforme estava rasgado, sujo de lama e um líquido vermelho. Líquido vermelho que eu tinha certeza que era sangue, pois seu rosto estava todo machucado. Havia arranhões em sua bochecha, seu nariz estava sangrando, também escorria sangue da sua boca e a sobrancelha dele estava com um corte bem feio. Suas mãos estavam vermelhas.
— Quem é você? — Ele falou, olhando diretamente para Bryana ao meu lado direito. Não parecia contente em ver que havia visita em sua casa, pois a olhava como se fosse expulsa-lá a ponta pés.
— Bryana, minha amiga — Tomei a iniciativa e respondi sua pergunta. — oque aconteceu com você? — Entrei no quarto, me aproximando dele. Ele estava hiperventilando, e parecia tão irritado com alguma coisa.
— Oque ela está fazendo aqui? — Seus olhos agora estavam em mim, me encarando tão profundamente que suas íris verdes claras, pareciam começar a escurecer.
— Michael liberou a entrada dela. Oque aconteceu com você? — Perguntei novamente ao me aproximar o suficiente para ver que havia muito mais machucados do que eu pensei que tinha. — Éric? — Falei seu nome, pois ele estava calado, olhando Bryana em algum lugar do quarto. Mas quando falei seu nome, sua atenção veio novamente para mim, e a cor dos seus olhos pareciam voltar ao normal.
— Não aconteceu nada. Fiquem no andar de baixo até Vincent e Michael chegarem. — Ele falou, e tentou sair da minha frente, mas eu segurei seu braço. Estava com um machucado horrível, saindo sangue desesperadamente.
— Quem fez isso em você? — Perguntei e o garoto não puxou o braço, apenas deixou que eu olhasse com cuidado, analisando. — Vocês tem kit de primeiros socorros? — Olhei para ele e ele ficou quieto, calado — gaze? Esparadrapo? Antisséptico?
— Temos. Não sei se tem essas coisas, sempre usamos água e toalha... Eliza deixou uma maleta com esse nome, no armário da sala.
— Ok, sente-se na cama — Falei e ele me olhou estranho, como se não quisesse fazer oque eu pedi — eu vou limpar essa bagunça, senta na cama — Éric andou de costas, já que não estava tão longe da cama e sentou-se — Bry, vai buscar a maleta na sala lá embaixo
