— aqui é sem mordomia, já tá na hora de levantar — senti alguém mexer em meu braço enquanto falava comigo, me acordando. Abri os olhos, sentindo o incômodo com a claridade do sol entrando ali sem nem pedir licença. Olhei para a pessoa que tentava me acordar, andando pelo quarto carregando uma cesta enorme, cheia de roupa. Era Michael.
— Bom dia — Falei, ainda sem muita certeza se eu estava acordada. — está fazendo oque?
— levando as roupas pra lavar — Michael falou, com deboche e suspirou profundamente. — Levanta. Estamos com visita lá embaixo...
(...)
Demorei menos de dez minutos pra tomar um banho rápido e vestir uma outra roupa do loiro, uma mais justa dessa vez. Oque não era tão justa, porque ele era enorme e eu parecia uma formiga, mas ficou melhor que as outras roupas mais largas.
Desci a escada, escutando vozes vindo do andar de baixo. Eric era um dos que falava no momento que apareci na cozinha...
Peguei no sono tão rápido ontem a noite que nem percebi quando Vincent deitou para dormir também. Mesma coisa hoje pela manhã, nem percebi quando ele levantou. Poderia até dizer que ele nem dormiu ali comigo, mas seu cheiro ainda presente nos travesseiros e os lençóis bagunçados ao meu lado, confirmavam que ele passou a noite ali comigo.
— porra, que mulher engraçada... — Éric falou, rindo — ela só pode estar brincando
— Vincent, filho... Você escutou oque eu disse? Por favor, nos ajude somente dessa vez...
— Shhh... — Vincent que fez o som.
— nossa casa virou mesmo uma pousada? — Michael perguntou rindo e bateu no ombro de Éric. Não entrei na cozinha, apenas observei da entrada, sem ser percebida.
— Garotos, fiquem quietos... — Vincent pediu, com a voz calma e de cabeça baixa. Os quatro estavam sentados ao redor da mesa, ou melhor, os cincos. Havia um garotinho ali também, sentado na cadeira ao lado da mulher que eu não sabia quem era.
— Vincent... — A mulher falou novamente, e os meninos arrumaram as posturas sentados, olhando diretamente para Vincent. O loiro levantou o rosto, talvez sentindo que toda as atenções estavam pra ele. Mas não olhou para nenhuma das suas companhias a mesa, seus olhos foram diretamente para o local onde eu estava. Eu mostrei meu melhor sorriso para ele, por puro impulso, como se quisesse que ele retribuísse da mesma forma, pois seu semblante não estava dos melhores. Ele parecia preocupado e ao mesmo tempo chateado, esgotado com algo.
— Oi — Ele falou de repente e levantou-se, afastando a cadeira com força para trás. E agora quem ganhava todas as atenções, era eu — Está com fome? Não consegui preparar... tive que visitar Catarina, ou Cat... não sei se você lembra dela — Ele caminhou até mim, falando sem parar
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Domada Inglaterra - VINNIE HACKER
Roman d'amourLove Moritz enxergava a vida da realeza como uma prisão que foi enfiada sem escolha. Ela queria viver independente, sem ser prisioneira de um título. Mesmo tendo tudo aos seus pés, ela preferia não ter nada. Por outro lado, Vincent Hacker era apenas...