— costuma espancar travesseiros antes de dormir? — Perguntei e ela começou a responder, sem tirar sua concentração do travesseiro. Apoiei minhas mãos na cintura e fiquei analisando ela. Isso é um comportamento típico feminino? Tipo, mulheres descontam as raivas diárias no travesseiro antes de deitar a cabeça nele e dormir?
— Estou deixando eles confortáveis — Ela terminou o espancamento de travesseiros e arrumou eles próximo a cabeceira da cama.
— Ok, senhorita Inglaterra. Vou fingir que isso não é estranho — Tirei o celular do bolso da calça e coloquei na mesinha ao lado da cama. Deitei na cama, de bruços e arrumei o travesseiro embaixo da minha cabeça. — desligue a luz. Fica aí do seu lado — fechei os olhos, pronto pra dormir
— senhorita Inglaterra? — Ela perguntou. — qual o motivo do novo apelidinho?
— não é assim que devo chamar você? Ou devo chamar de Sua majestade? — Perguntei, sem nem abrir os olhos pra olhar ela.
— Então você pesquisou? Agora sabe quem sou?
— Sim
— e oque vai fazer a respeito disso?
— Vou dormir — Respondi. Eu poderia fazer muita coisa a respeito disso, mas dormir esta sendo mais importante nesse momento.
— hm... — Virei o rosto e levantei um pouco, pra olhar ela do outro lado da montanha de travesseiros no meio de nós dois. Ela virou a cabeça para o lado, olhando pra mim enquanto mordia a própria unha, parecendo ansiosa ou nervosa com algo.
— e se ele não for embora amanhã? — Perguntei, me referindo ao seu pai. Se ele demorasse dias pra ir embora, ela ainda ficaria aqui?
— Bom, eu sei fazer panquecas deliciosas. Posso fazer isso em troca de hospedagem — Ela falou e sorriu, fazendo carinha de cachorro pidão. Não seria uma má ideia, eu e os meninos nunca comemos coisa muito preparada. É sempre o básico e rápido.
— irei pensar nessa proposta — Falei, levantando meu corpo e me inclinado por cima dela, pra desligar a luz, que a madame deixou ligada. Olhei pra ela abaixo de mim, agora com a pouca luz que entrava pelas frechas entre a cortina da varanda, mas mal conseguíamos nos ver. Eu mal conseguia ver os olhos dela, mas eu sentia sua presença ali embaixo de mim. Mesmo sem toca-la e nem vê-la, eu sinto sua presença, consigo escutar sua respiração rápida— não tem medo de escuro, tem?
— Não, barman — Ela respondeu e eu senti ela se remexer abaixo de mim.
— Love
— hm?
— qual o tamanho da merda em que estou me metendo? — Perguntei, baixando mais o rosto, ficando mais próximo do dela. Queria sentir seu cheiro ou sua respiração tocando em mim, ter certeza que ela está aqui, atenta a mim.
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Domada Inglaterra - VINNIE HACKER
RomansaLove Moritz enxergava a vida da realeza como uma prisão que foi enfiada sem escolha. Ela queria viver independente, sem ser prisioneira de um título. Mesmo tendo tudo aos seus pés, ela preferia não ter nada. Por outro lado, Vincent Hacker era apenas...