— Podemos ir? — Rage me tirou dos meus pensamentos ao falar diretamente comigo, e eu ajustei minha postura, enfiando minhas mãos nos bolsos da calça.
— Michael, qualquer coisa... — Olhei para o meu amigo e ele interrompeu minha fala.
— Te deixarei avisado — Eu assenti com a cabeça e Michael apertou meu ombro.
— Sabe qual saída chama menos atenção? — Perguntei a Rage.
Precisamos pegar um táxi até o hotel e logo que chegamos, eu peguei minha moto e saímos.
(...)
Estávamos a uns bons quilômetros de distância do local onde acontecia a festa. Rage estava tranquila na garupa, com os braços ao redor do meu corpo e calada.
Dirigi na estrada que uma vez ou outra passava carro ou caminhão, era escura e muitas vezes apenas o farol da moto iluminava o caminho.
Avistei um posto de gasolina e diminui a velocidade da moto, virando à esquerda e entrando no posto. Fui até uma das bombas e parei a moto ao lado, esperei Rage descer para que eu descesse também. Peguei a mangueira de gasolina e comecei a abastecer minha moto.
— Para onde vamos? — Ela perguntou enquanto eu observava o relógio da bomba de gasolina.
— Para onde quer ir? — Terminei de encher o tanque e tirei a mangueira, prendendo ela a bomba novamente. Virei de frente para Rage e observei seus olhos por baixo do meu capacete que ela usava. Estou sem outro capacete, então deixei que ela usasse o meu.
— Não sei... — Ela passou a mão pelo próprio braço.
— Vamos ao médico? Ninguém vai te reconhecer lá — Perguntei e ela riu, como se eu tivesse dito uma piada. — É sério
— Como ninguém vai me reconhecer? Vai me levar para um médico em outro país? Porque nesse país aqui todo mundo sabe quem sou... ou pelo menos boa parte.
— Contaremos com a sorte — Pisquei o olho para ela e ela balançou a cabeça, desacreditada. Subi na moto novamente e dei a mão para que ela segurasse e subisse. Ela era baixinha, precisava pisar no pedal para ter impulso e subir.
Assim que senti seus braços agarrarem meu corpo novamente, eu dei partida na moto.
(...)
— Eu queria fazer alguns testes... — Comecei a falar com a mulher da recepção do hospital, enquanto Rage estava parada ao meu lado. Usando um vestido de festa e o capacete na cabeça.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Domada Inglaterra - VINNIE HACKER
RomansaLove Moritz enxergava a vida da realeza como uma prisão que foi enfiada sem escolha. Ela queria viver independente, sem ser prisioneira de um título. Mesmo tendo tudo aos seus pés, ela preferia não ter nada. Por outro lado, Vincent Hacker era apenas...