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Estava no orfanato com a ruiva. Os garotos foram ajudar Alex com as atividades ao ar livre, das crianças do orfanato. Não quis ir hoje, porque Catarina estava um pouco doente. A enfermeira do orfano disse que ela está com infecção por algo que comeu, vim pra não deixá-la sozinha, já que as outras crianças não estão por aqui. Trouxe Love comigo para não deixá-la sozinha em casa, ou muito menos deixá-la sozinha na praia com os garotos. Aqui era melhor, na minha supervisão.

Lilah foi fazer oque mandei, ir atrás de um emprego. E acabei trazendo no garotinho comigo também. Garoto que não sei nem o nome, apenas sei que é meu irmão. E não tenho certeza nenhuma sobre isso, não confio muito em Lilah.

Deixei a ruiva com Cat e o garoto na brinquedoteca do orfanato já faz alguns minutos. Vim aproveitar que o orfanato estava quase vazio, para lavar minha moto no jardim dos fundos. Já pago uma fortuna com água e luz em casa, só usando o básico. Não quero nem pensar o valor que viria se eu usasse a água pra lavar uma moto.

Coloquei o celular um pouco afastado, tocando uma playlist de hip-hop que encontrei no YouTube e passei a primeira camada de água pra tirar o grosso da sujeira. Minha moto era preta, mas estava cinza, sem brilho nenhum, de tanta sujeira. Ensaboei a lataria com uma esponja macia para não estragar a pintura e passei água novamente, tirando todo o sabão. Seria algo rápido, antes que a diretora do orfanato chegasse com as crianças e me desse um puxão de orelha.

— Talvez eu seja uma encantadora de crianças — Escutei a voz da ruiva aproximar-se de mim e olhei por cima do ombro, ela se aproximando de onde eu estava. Love havia soltado o cabelo e tirado o capuz, muito diferente de quando chegamos aqui, que parecia estar embalada em minhas roupas. Estive deixando-a usar minhas roupas antigas, pois as de agora não caberiam nela, ficariam um balão na garota. — Consegui fazer os dois dormirem

— Um encantadora de pestinhas — Falei, voltando minha atenção para a moto. Comecei a passar o pano pelas partes que eu já havia lavado, principalmente no assento.

— Não fale assim — A ruiva falou, ficando na frente do meu campo de vista, mas um pouco afastada

— Por que tirou o capuz?

— Porque esta um calor absurdo?! — Ela falou o óbvio. Até porque, estávamos em uma ilha. Cercados de maresia e calor o dia todo. — Só não tirei o moletom porque não tenho nada por baixo

— Se quer ser reconhecida, é mais fácil ir diretamente ao seu papai

— Não tem quase ninguém no orfanato a essa hora. Quem vai me reconhecer aqui dentro?

Domada Inglaterra - VINNIE HACKEROnde histórias criam vida. Descubra agora