Love Moritz enxergava a vida da realeza como uma prisão que foi enfiada sem escolha. Ela queria viver independente, sem ser prisioneira de um título. Mesmo tendo tudo aos seus pés, ela preferia não ter nada.
Por outro lado, Vincent Hacker era apenas...
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— Charles, seu ex noivo. Não conhece? — Vincent perguntou.
Eu estava tão confusa sobre oque estava acontecendo dentro desse quarto, e parece que as coisas só pioravam a cada minuto. Como Vincent sabia da existência do Charles não era uma grande incógnita, mas o fato de uma possível contratação entre ele e Charles era uma enorme interrogação no meio da minha testa.
— Você o conhece? Como assim ele contratou vocês? — Perguntei e arrumei minha postura na poltrona, enquanto os três homens ficavam parados a minha frente. Ambos da mesma forma; braços cruzados e de frente para mim.
— Seu noivinho nos contou sobre a noite que pegou você traindo ele com o irmão dele, e ele nos contratou para fazer vingança — Vincent falou, me chocando a cada palavra.
— Ok — Falei, enquanto processava as informações — eu nunca trai o Charles com irmão nenhum. Nosso noivado é arranjado e nem estamos juntos... — Eu ri, não conseguindo esconder como era engraçado oque eu havia acabado de escutar — Qual foi a porcaria de vingança que ele contratou vocês para fazer?
— Conquistar você — Éric que respondeu
— Me conquistar? Sério? O pateta não teve nem uma ideia mais elaborada? — Eu ri novamente, porque aquilo estava quase um show de stand-up
— E depois descartar como lixo. Fomos contratados para isso, conquistar você e quando conseguirmos, descarta-lá feito lixo — Éric completou
— E vamos receber uma boa grana para fazer oque o corninho nos pediu — Michael completou
— Só teremos que provar que o trabalho foi concluído — Vincent falou, e eu passei os olhos pelos três, levantando em seguida e ficando de frente para eles.
— Isso seria o pagamento por vocês terem me dado abrigo? — Perguntei. Então foi tudo arquitetado? Eu ter encontrado Vincent trabalhando no bar e ter achado ele um gatinho, não foi obra do destino? E os momentos que tive com ele também foi tudo encenação?
Sei que não estamos dentro de um filme adolescente, eu não deveria ter amolecido na primeira oportunidade. Talvez estivesse estampado na frente dos meus olhos o tempo todo, que ele não era o mocinho a qual eu me iludia ser, mas consegui ser cega o suficiente. Ou não, talvez eu só tenha tentado me fingir de cega, Alex me alertou sobre eles, as poucas conversas deles que escutei nas madrugadas talvez também tenham sido um sinal, ou a forma como eu era tratada pelo loiro. Não sou completamente idiota, sei o quanto ele me tratava mal, mas era uma implicancia nossa, uma hora ou outra estavamos parecendo amigaveis até.
— Sim — Vincent respondeu. — basta apenas falar para ele, algo que faça ele acreditar e nos pagar oque prometeu.
